30 militantes avançaram contra um carro do Correio Braziliense
Jornalistas e fotógrafos que realizavam a cobertura das manifestações sobre a prisão de Lula denunciaram situações de agressão por parte dos manifestantes contrários à prisão do ex-presidente, na noite deste quinta-feira (5). Mais cedo, a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) divulgou nota de repúdio, citando casos em Brasília e São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
Segundo a nota, um veículo do Correio Braziliense foi cercado por ao menos 30 manifestantes e teve os vidros quebrados, em frente à CUT (central Única dos Trabalhadores), em Brasília. Durante os ataques, uma repórter, uma fotógrafa, além do motorista, estavam no veículo.
Além do ataque, os manifestantes pró-Lula também ofenderam os profissionais e o jornal. Apesar disso, ninguém ficou ferido. De acordo com a Abraji, a Polícia Civil foi informada e um boletim de ocorrência foi registrado na Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado, na capital federal.
Equipes do SBT e um fotógrafo da agência Reuters também foram hostilizados. Já em São Bernardo do Campo, um profissional do Estadão Conteúdo foi atingido com ovos, no momento em que registrava imagens dos manifestantes em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista.
“A violência contra profissionais da imprensa é inaceitável em qualquer contexto. Impedir jornalistas de exercer seu ofício é atentar contra a democracia. Os autores devem ser identificados e punidos pelas autoridades”.
(Com informações do G1)
