Acusado pela Polícia Federal de integrar uma organização criminosa que fraudou licitações, superfaturou obras e desviou recursos públicos, o ex-secretário estadual de obras, Edson Giroto, disputaria novamente uma vaga na Câmara dos Deputados, é o que revelou dirigente de importante aliado do ex-deputado federal.
De acordo com o líder do MDB na Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Rocha, o PR mantinha tratativas com seu partido para um eventual apoio a Giroto numa chapa proporcional, numa coligação entre as duas legendas.
Rocha afirmou que, ‘particularmente’, não conversou com Giroto, mas que as conversas entre PR e MD teriam esfriado depois que o ex-deputado e ex-conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado), Cícero de Souza, assumiu o comando do Partido da República em Mato Grosso do Sul.
Na primeira eleição para o Executivo que disputou, em 2012, Giroto era o candidato do então PMDB para a Prefeitura de Campo Grande, com apoio do então prefeito, Nelsinho Trad (hoje no PTB), e do ex-governador André Puccinelli, atual pré-candidato do MDB ao governo estadual.
Dois anos antes, em 2010, Giroto foi eleito deputado federal pelo PR. Sigla para qual voltou após perder as eleições de 2012 para Alcides Bernal (PP).
Eduardo Rocha ainda frisou que acredita que o ex-correligionário não deveria estar preso, já que ainda não foi condenado pelos crimes dos quais é acusado, e fez uma comparação com o caso do ex-presidente Lula, que só começou a cumprir pena de prisão após condenação em 2ª instância.