Mandados de busca e apreensão são cumpridos desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (11), em imóveis do senador e deputado federal eleito (PSDB) e de sua irmã Andréa Neves, em Minas Gerais e Rio de Janeiro. Não há mandados de prisão e a operação também cumpre mandados em Mato Grosso do Sul.

Presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força, Cristine Brasil (PTB-RJ), Benito da Gama (PTB) e os senadores Antônio Anastasia (PSDB-MG) e Agripino Maia (DEM-RN) também são alvos. Os mandados foram autorizados pelo ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal).

A busca é baseada na delação premiada do empresário Joesley Batista e do executivo da JBS, Ricardo Saud. Eles afirmam que repassaram em torno de R$ 100 milhões em propina ao tucano e a aliados, entre os anos de 2014 e 2017.

A investiga se Aécio e aliados receberam propina por meio da contratação de serviços que não eram prestados, usando notas fiscais frias. A Operação Ross é desdobramento da Operação Patmos, que culminou no afastamento de Aécio do mandato de senador, em 2017.

O tucano teria aparecido em gravação feita por Joesley, pedindo R$ 2 milhões, que segundo o senador, seria para pagar honorários advocatícios. Na ocasião, o assessor de Michel Temer, que ficou conhecido como ‘homem da mala', Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR), foi preso. Além de Minhas, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul, a PF faz buscas em endereços na Bahia, Rio Grande do Norte, São Paulo, Tocantins e Amapá.

Ao todo, a operação mobiliza cerca 200 policiais federais para cumprir 24 mandados de busca.