O procurador de Justiça (PSC) declarou ao Jornal Midiamax nesta segunda-feira (13) nunca ter desistido de ser candidato ao governo do Estado. “Quando aconteceram as convenções, chegaram a anunciar que eu havia desistido. Mas eu nunca desisti. O que aconteceu é que naquele momento houve um entendimento de que seria melhor para o partido que eu aceitasse o convite como vice”.

Aguardando em casa uma resposta do MDB, que está reunido deliberando sobre os caminhos do partido, Harfouche diz estar tranquilo e pronto para a campanha. “Sempre fui candidato. O que houve foi a indicação do nome da senadora , o que me honra, mas agora cabe ao MDB aceitar a indicação do meu nome”.

Na renúncia, Simone Tebet teria pedido ao MDB que Harfouche assumisse a sua candidatura como o nome da coligação para disputar o cargo ao governo do Estado.

“Nessas próximas horas teremos uma definição. Deliberando isso, o PSC e eu seremos chamados para conversar, caso o MDB entenda que o meu nome deva ser mantido para que eu seja o candidato', afirmou.

Desistência

A senadora Simone Tebet alegou razões pessoais para desistir, na noite deste domingo (12), de concorrer ao cargo de governadora por Mato Grosso do Sul.

A princípio, Harfouche seria candidato ao Senado pelo PSC, depois se lançou ao governo, em outro momento foi apontado como o candidato a vice do MDB e agora pode voltar com a candidatura ao governo.

Confira a nota da senadora Simone Tebet na íntegra:

Como é do conhecimento de todos os membros deste Diretório, e de todos os companheiros emedebistas, nosso Partido estava, até duas semanas atrás, com a sua campanha totalmente estruturada em torno do nosso candidato natural ao Governo do Estado, André Puccinelli.

Um quadro de instabilidade atingiu nosso partido aqui em Mato Grosso do Sul, com a (em nosso entendimento) intempestiva intervenção judiciária num processo eleitoral que, até então, vinha se desenvolvendo nos marcos da normalidade.

Não posso – e os emedebistas e o povo sul-mato-grossense não podem – compreender como “normal” a prisão de um candidato a governador às vésperas da eleição, sem prévia condenação. Vimo-nos, então, obrigados a reagir a esse novo quadro de forma imediata, levados pela emoção e ainda chocados com as medidas que lhe foram impostas.

Foi, principalmente, devido a essa emoção, e respondendo ao apelo que me foi formulado pelo próprio André Puccinelli, que aceitei, em nossa última Convenção, a apresentação do meu nome como candidata ao Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.

Foi, como disse, uma decisão pessoal. Desde então, outras considerações, apontadas por meus familiares levam-me a rever essa decisão.

Conhecendo meus problemas de ordem pessoal, recebi apelos contundentes da minha família para não ser candidata.

Assim, acatando ao apelo de meus familiares, renuncio, à minha candidatura ao Governo do Estado de Mato Grosso do Sul pelo MDB, mas reafirmo minha confiança na pujança e unidade do nosso partido e dos nossos aliados, para manter a viabilidade do nosso projeto político, que tem se mostrado, ao longo dos anos – e mesmo décadas –, como imprescindível para o desenvolvimento do nosso Estado.

Se a opção for a escolha de um quadro partidário para ocupar a cabeça de chapa, quero lembrar o nome do companheiro Sérgio Harfouche, cuja competência e cujo compromisso com esse projeto não podem ser postos em causa.

Seja qual for a opção a ser adotada por esse Diretório, terá em mim uma militante aguerrida e disciplinada na defesa – volto a repetir – do nosso projeto político, que considero (e não precisaria dizê-lo) o melhor para a nossa gente”.