Pular para o conteúdo
Política

Ministro pede manifestação de Raquel Dodge sobre prisões de Giroto, Amorim e mais seis

Todos são implicados na Operação Lama Asfáltica
Arquivo -

Responsável por julgar os recursos do ex-secretário de Obras do Estado, , e de mais sete implicados na Operação Lama Asfáltica que foram presos na última terça-feira (8), o ministro Alexandre de Moraes do STF (Supremo Tribunal Federal) solicitou, nesta segunda-feira (14), que a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, se manifeste sobre o caso. 

Estão detidos há quase uma semana no Centro de Triagem, no complexo penitenciário do Noroeste, na Capital, Edson Giroto, o empreiteiro João Krampe Amorim, Flávio Schrocchio e Wilson Roberto Mariano. As mulheres Rachel Rosana Portela Giroto, Mariane Mariano, Ana Paula Amorim Dolzan e Elza Cristina Araújo dos Santos cumprem prisão domiciliar.

Depois das prisões, as defesas dos oito implicados apresentaram recursos no STF, solicitando que as medidas sejam revogadas pelo ministro relator do caso.

Nesta segunda-feira, Alexandre de Moraes determinou que a Procuradoria-Geral da República apresente manifestação sobre o caso. A intimação será encaminhada para a PGR e a procuradora Raquel Dodge deve se manifestar sobre o pedido dos implicados na Operação.

Prisões

Giroto, Amorim e os réus Rachel Rosana Portela Giroto, Elza Cristina Araújo dos Santos, Flávio Schrocchio, Ana Paula Amorim Dolzan, Wilson Mariano e Mariane Mariano foram presos no último dia 9 de março, mas conseguiram um habeas corpus no TRF3 em 19 de março, quando o Tribunal substituiu a prisão por outras medidas cautelares. Por serem mães, as mulheres ficam em prisão domiciliar, de acordo com o pedido.

No final de abril, a PGR (Procuradoria Geral da República) ingressou no Supremo com uma liminar para suspender a decisão do TRF3 que garantiu a liberdade dos acusados.

No pedido, Raquel Dodge afirma que a decisão colegiada da corte superior foi ‘desrespeitada em sua autoridade e, na prática, perdeu sua eficácia, por meio de acórdãos da Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, da lavra do Desembargador Federal Paulo Fontes’.

Raquel argumenta ainda que os dois habeas corpus concedidos que colocaram em liberdade os oito réus, ambos decisão do tribunal regional, ‘desafiam a autoridade’ do STF.

A procuradora cita, ainda, a atuação do Tribunal no caso. “Ocorre que os fundamentos utilizados no acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região não desconstituem, sequer em razão de fatos supervenientes, o entendimento que resulta do prévio acórdão do Supremo Tribunal Federal no Habeas Corpus 135.027/MS, de que a prisão dos pacientes é indispensável à garantia da ordem pública em razão da gravidade concreta da conduta dos pacientes, do grande fluxo financeiro oriundo da atividade ilícita, da logística da organização criminosa e da continuidade das articulações dos agentes mesmo depois de deflagrada a primeira fase da ‘Operação Lama Asfáltica’”.

De acordo com Dodge, a Suprema Corte foi categórica ao proclamar o risco severo à ordem pública provocado pelos investigados, ‘em decorrência da extrema gravidade concreta da conduta a eles atribuída, apta, por si só, a amparar a cautelaridade da prisão processual’ e argumenta que mesmo que a defesa argumente não haver evidência de que os réus tenham incorrido em reiteração criminosa após a soltura resultante da liminar dada pelo Min. Marco Aurélio, o fato ‘não afasta o gravame à ordem pública resultante da periculosidade detectada pela Suprema Corte, radicada na gravidade concreta dos eventos a eles atribuídos’.

“Em situações similares à presente, a Suprema Corte tem manifestado o entendimento de que as demais instâncias judiciais, ao analisarem pedidos de habeas corpus de pacientes que tiveram decisões proferidas pelo STF também em sede de HC, devem observar estas, sob pena de agirem em burla à sua autoridade”, conclui.

A Operação Lama Asfáltica apura prática de crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos, peculato e direcionamento de licitações, com prejuízos que podem chegar a R$ 2 bilhões, segundo levantamento apontado pela força tarefa formada por Polícia Federal, CGU (Controladoria-Geral da União), Receita Federal e MP-MS (Ministério Público Estadual).

 

 

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Homem joga vaso de flores e garrafa de café contra a esposa após discussão em MS

alagamento

VÍDEO: Chuva alaga bairros, derruba muros e arrasta até piscina em Guia Lopes

Agentes da PRF morrem durante perseguição no Rio de Janeiro

Hugo Calderano derrota japonês e vai pela 1ª vez à semifinal da Copa do Mundo de tênis de mesa

Notícias mais lidas agora

Feminicídio em MS: Mulher morre esfaqueada na nuca por companheiro, que está foragido

comércio

Sexta-Feira Santa: Confira o que abre e o que fecha no feriadão em Campo Grande

Novas tecnologias são apostas de gigante da celulose para mitigar impactos em MS

EUA suspenderão esforços de paz na Ucrânia se não houver progresso, alerta secretário de Estado

Últimas Notícias

MidiaMAIS

VÍDEO: Remake pantaneiro de O Rei Leão? Onça fica pendurada e cai de árvore após se atrapalhar em galho

Cena dramática de onça parece até uma versão local de algum take do filme da Disney

Polícia

Em ‘surto’, jovem invade casas e assusta moradores da Vila Margarida

Polícia afirma que ele havia ingerido bebida alcóolica e feito uso de drogas

Mundo

Alunos relatam pânico em ataque que matou 2 em universidade da Flórida

Ataque na escola aconteceu na quinta-feira, 17

Política

Ativista anti-feminista e de direita, Vivi Tobias é nomeada na Secretaria da Mulher da Capital

Liderança do movimento Resistência Conservadora MS ocupará cargo de assessora-chefe com salário de R$ 5,4 mil