O DEM lançou a pré-candidatura de Maia ao Planalto

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB-MS), afirmou nesta quinta-feira (8) ser “possível” que o Palácio do Planalto apoie a candidatura do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), à Presidência da República neste ano.Marun diz ser 'possível' governo apoiar Rodrigo Maia na eleição presidencial

Mais cedo, nesta quinta, o DEM lançou a pré-candidatura de Maia ao Planalto. No discurso, porém, o deputado já afirmou que não está “disposto” a ser o candidato que defenderá o “legado” do governo do presidente Michel Temer.

“A pré-candidatura do deputado Rodrigo Maia tem o nosso respeito e é possível, sim, que ele venha a ser o nosso candidato”, afirmou Marun.

Responsável pela articulação política do governo, o ministro acrescentou que o Planalto vê a candidatura de Maia com o mesmo respeito que vê a possibilidade de o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, se candidatar.

“Nós vemos essa pré-candidatura [de Maia] com o mesmo respeito que vemos a pré-candidatura do ministro Meirelles e com mesmo respeito que acompanharemos outras candidaturas de partidos que compõe a base, inclusive alguma do MDB”, disse.

Eventual candidato do MDB

O ministro Carlos Marun destacou, ainda, que não “está descartada” a possibilidade de o MDB ter candidato próprio ao Palácio do Planalto.

Questionado sobre se Temer poderia tentar um novo mandato, Marun disse que, “hoje”, o presidente não está na disputa.

“O presidente Temer não é nem candidato e nem pré-candidato no dia de hoje”.

Sobre a pré-candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), à Presidência, Marun ressaltou que a legenda não compõe a base do governo.

 

‘Legado’ do governo

No mês passado, Temer concedeu uma entrevista à RedeTV na qual disse que, na avaliação dele, terá de haver nas eleições deste ano algum candidato que defenda a agenda de reformas proposta pelo governo.

Para o presidente, quem for contra o governo terá de dizer ao eleitor que quer “derrubar o país”.

“Quem for da oposição e quiser combater o governo, vai ter que dizer que é contra o teto dos gastos porque quer gastar à vontade e derrubar o país, é contra a reforma do ensino médio porque é a favor do ensino anacrônico do passado. […] Eu duvido que alguém venha a assumir uma candidatura dizendo isso, porque isso se incorporou ao nosso sistema. […] Tem de ter um candidato que defenda o legado do governo”, afirmou Temer na ocasião.