Saída às pressas, arremesso de objetos, xingamentos e chutes e empurrões em seu carro. Terminou assim a visita do presidente (MDB-SP) ao edifício na Capital Paulista que pegou fogo e desabou no começo da madrugada de ontem, terça-feira (1). Aliados do emedebistas elogiaram a atitude do chefe, mesmo em meio ao clima hostil com a população.

“Ele (Temer), mesmo consciente da grande probabilidade de ser hostilizado, em estando em São Paulo, de forma corajosa, como é de seu feitio, decidiu visitar e cumprir o seu dever de presidente da República”, disse o ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun (MDB-MS).

Outro que também saiu em defesa do presidente foi o ministro da Integração Nacional, Antônio de Pádua Andrade (MDB-PA), indicação do senador Jader Barbalho (MDB-PA) para a pasta.

“Acho que ele está cumprindo com o seu papel, se solidarizando. Acho que ele não foi entendido. Ele estava com a melhor das intenções, extremamente preocupado. Senti ele com muita boa vontade em resolver. Tanto que colocou o governo federal em peso para resolver a situação”, declarou Pádua Andrade ao Jornal O Globo.

Durante a visita ao prédio que era ocupado por famílias carentes e que pertencia à União, o presidente prometeu dar assistência aos desabrigados e alegou que não era possível fazer a reintegração de posse porque no local havia ‘gente muito pobre'.

“A situação era uma situação dramática, tanto que aconteceu o que aconteceu. Nós vamos exatamente providenciar assistência àqueles que foram vítimas daquele desastre. Eu não poderia deixar de vir aqui, sem embargo dessas manifestações, porque, afinal, eu estava em São Paulo, e ficaria muito mal eu não comparecer aqui para dar apoio aqueles que perderam suas casas”, disse o presidente enquanto era hostilizado nas ruas do centro de São Paulo.