Voltou a criticar a suspensão da posse de Cristiane Brasil

O ministro da Secretaria de Governo, , classificou como “superdimensionada” a repercussão do vídeo em que a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) aparece comentando as denúncias que existem contra ela na Justiça do Trabalho. Marun afirmou que não assistiu ao vídeo, mas ressaltou que “ela não está roubando” e voltou a criticar a suspensão da posse de Cristiane Brasil:Marun diz que reação a vídeo de Cristiane é ‘superdimensionada'

— Sinceramente, eu vejo tanta gente pregando tanta coisa no sentido de liberdade, agora vão criticar a ministra por dar uma declaração em uma praia no verão no litoral fluminense? Isso aí está sendo superdimensionado. É um vídeo privado, que vazou na internet. Ela não está roubando. Que eu saiba, ela estava bem trajada no vídeo. Eu acho que continua o ponto principal, que este sim deveria estar sendo superdimensionado, que é esse vilipêndio de uma prerrogativa privativa do presidente da República — afirmou Marun, em referência às seguidas decisões judiciais, inclusive do Supremo Tribunal Federal (STF), vetando a posse da deputada como ministra do Trabalho.

Para o ministro, a intervenção da Justiça é mais grave do que o vídeo:

— O que existe de errado nessa história é a decisão do juiz de não cumprir com a Constituição. O descumprimento de um magistrado pelo que estabelece a Constituição Federal, isso para mim é muito mais grave do que o fato de ela ter gravado um vídeo em um mundo em que todo mundo anda com uma câmera no bolso. A Cristiane está sofrendo um ataque indevido que, é natural, coloca a pessoa em estado de tensão. Isso também tem que ser considerado — concluiu o ministro Carlos Marun.

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Sobre o cargo no Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), vago desde o início de janeiro após a saída do ministro Marcos Pereira (PRB), Marun disse que o governo não tem pressa de indicar outra pessoa.

O vídeo causou mal-estar entre parlamentares do PTB, que já estavam incomodados com a insistência do presidente nacional do partido, Roberto Jefferson, na indicação da parlamentar para comandar o Ministério do Trabalho.

Integrantes do governo também consideraram inoportuna a postura da deputada, mas ressaltaram que o Planalto vai insistir na via judicial para garantir a posse. Para o governo, a questão principal não é o nome da ministra, mas sim a garantia da prerrogativa do presidente Michel Temer de nomear ministros.