Marina Silva pede que Bolsonaro seja investigado por ataque cibernético
(Foto: Divulgação)

A equipe de campanha da candidata Marina Silva (Rede) afirmou no último sábado (22) que entrou com uma ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra o candidato do PSL, Jair Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão (PRTB).

Segundo informou a equipe, a ação tem a finalidade de investigar o ataque cibernético contra o grupo “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”, no Facebook. O grupo foi invadido e teve o nome alterado para “Mulheres Com Bolsonaro”.

O pedido da ação é que o registro da candidatura de Bolsonaro seja cassada. Caso o julgamento aconteça depois da eleição, os advogados pedem que o mandato seja cassado, e o candidato se torne inelegível por oito anos.

Segundo consta no processo, “a vítima dessa estratégia sorrateira foi um grupo de milhões de mulheres brasileiras, que, apesar de estarem espalhadas por todo o país, reuniram-se licitamente através da internet para dialogar e manifestarem seu pensamento, entretanto, foram alvo de práticas criminosas e, ao que tudo indica, de cunho eleitoral”.

Além de Bolsonaro, a equipe pede que o TSE investigue também o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do candidato à Presidência, por manifestações buscando vantagens para Jair Bolsonaro nas redes sociais.

Após a invasão, o candidato Jair Bolsonaro publicou em sua rede social “obrigado pela consideração, Mulheres de todo o Brasil!”. Segundo os advogados da campanha de Marina, Bolsonaro se beneficiou da invasão já que “foram excluídas as mensagens que lhe teciam críticas, alterando-as para outras que eram elogiosas”.

Outro pedido

A equipe de campanha de (Psol), também candidato à Presidência, protocolou na última quinta-feira (20) pedido de investigação sobre a participação de integrantes da equipe de Bolsonaro no ataque cibernético sofrido pela página.

Na ação aberta pelo Psol, os advogados afirmam que membros da campanha de Bolsonaro, como seu filho Eduardo Bolsonaro, comemoraram o ataque e se aproveitaram para espalhar ‘fake news'. “No episódio de abuso e influência no pleito houve, ainda, atuação indireta de membros da campanha, como o filho do candidato Eduardo Bolsonaro e candidato a deputado federal pelo Rio de Janeiro, e o candidato a vice, que comemoraram o ataque e propagaram diversas acusações falsas”, ressalta a ação.