Apesar de divergências internas na executiva regional do Democratas, o deputado federal Luiz Henrique Mandetta nega que a sigla esteja ‘rachada’, e acredita que uma candidatura própria majoritária em Mato Grosso do Sul pode fortalecer o partido.

Na avaliação do parlamentar, as diferentes correntes dentro do DEM mostram que ‘o partido está vivo’, e não ‘rachado’. Alguns quadros querem aliança com a campanha de reeleição de Reinaldo Azambuja (PSDB), outros preferem o ex-governador André Puccinelli (MDB), e ainda há quem defenda o próprio Mandetta ou ex-prefeito de Dourados, Murilo Zauith, como candidato democrata ao governo estadual.

“A classe política tem que se acostumar que, principalmente depois da reforma política, a partir de 2020 não haverá mais coligação de proporcional, vai ser chapa pura. Vai diminuir número de partidos e mais pessoas com mandato vão querer opinar e fazer o debate. Isso é salutar”, declarou o deputado.

Sobre a exposição da opinião dos deputados estaduais do DEM Barbosinha e Zé Teixeira, que defendem decisão célere do partido para apoio a Azambuja, Mandetta afirma que há uma ‘distância’ entre o fato da dupla ‘ser parte’ do governo tucano e do partido integrar a gestão de Reinaldo.

O parlamentar defende também que o partido defina com rapidez, independente da amizade de alguns políticos da sigla com Puccinelli ou Azambuja, qual seu futuro na campanha de 2018, até para começar a apresentar ao eleitor um eventual democrata na cabeça de chapa.

Candidatura própria

Ex-presidente regional do Democratas, Mandetta passou o posto para Murilo Zauith em convenção do partido no mês de abril, e esperava que no encontro que aconteceria no último sábado (26), cancelado em virtude da greve dos caminhoneiros, a sigla pudesse definir seu futuro em Mato Grosso do Sul.

“A representação federal ganhou uma importância muito grande para todos os partidos, e com o Democratas não é diferente. Essa discussão passa por espaço político e por onde você tem mais espaço de fazer deputados federais. A solução de candidatura própria é muito interessante”, frisou o parlamentar.

Além de Mandetta, Tereza Cristina é deputada federal pelo DEM-MS, e a legenda pretende lançar uma chapa forte com intuito de eleger ao menos dois representantes na Câmara; uma vez que o tamanho da bancada na Casa hoje presidida por Rodrigo Maia (DEM-RJ) define fundo partidário e tempo de TV de cada partido.