4 pessoas foram presas por tempo indeterminado, durante a Operação Computadores de Lama, 6ª Fase da Operação Lama Asfáltica, deflagrada nesta terça-feira (27). Elas são acusadas de envolvimento em suposto esquema de lavagem de dinheiro e envio de recursos para o exterior, principalmente para o Paraguai.

Além das prisões, 25 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos, além do sequestro de valores nas contas bancárias dos alvos e empresas investigadas. Nesta fase, as investigações foram baseadas nas remessas clandestinas de valores para o exterior feitas por proprietários de empresas de informática investigadas nas fases anteriores da operação.

Preso nesta manhã, o empresário é acusado de ser dono de conglomerado de informática. Baird é apontado como proprietário das empresas Itel Informática, PSG Tecnologia Aplicada, Digitho Brasil Soluções em Software, atual Digix, e Mil Tec Tecnologia da Informação.

Juntas, as empresas fecharam contratos de quase R$ 800 milhões com o governo entre os anos de 2012 e 2017. Os prejuízos causados, somando-se todas as seis fases da Operação consideradas as fraudes, valores concedidos irregularmente como benefícios fiscais e as propinas pagas a integrantes da passam dos R$ 432 milhões.

Seu sócio, o empresário Antônio Celso Cortez também foi preso. Ele é acusado de remessa ilegal de recursos para o interior, por meio de transferências bancárias para diversas pessoas físicas e jurídicas.

Envio de recursos para o exterior

Alvo de mandado de busca e apreensão, o ex-diretor do IMTI (Instituto Municipal de Tecnologia da Informação), Fábio Portela Machinsky é suspeito de ser o ‘testa de ferro' de Baird e Cortez no comando da empresa paraguaia Rave S.A., tendo papel supostamente ativo na remessa de recursos para o Paraguai.

Mandados também foram cumpridos em , , em fazenda de propriedade de Baird e em comércio do município de Paranhos.

Em coletiva, a Polícia Federal esclareceu que as buscas e apreensões realizadas em Paranhos, Dourados e Jaraguari teriam por finalidade coletar documentos para saber se essas empresas seriam utilizadas para recebimento de verbas ou encaminhamento de dinheiro para o exterior.

No último, agentes vasculharam casa e escritório do empresário Emerson Rufino e em um supermercado de sua propriedade. Emerson e Novo Supermercado são suspeitos de receber dólares com ‘aparência' de compensação de créditos em favor de Antônio Celso Cortez.

A relação de Felix Jayme Nunes da Cunha, lotado no gabinete do conselheiro Osmar Jerônimo no TCE (Tribunal de Contas do Estado), com o filho do ex-governador (MDB), André Puccinelli Júnior, também seria investigada como desdobramento de fases anteriores da Operação.

Ele teria feito empréstimos ao advogado em valores considerados elevados e acima de sua capacidade financeira, além de sociedade com ele na empresa SET CG. Documentos vinculados a ele teriam sido encontrados na casa de Puccinelli Junior. Sua conta bancária teria sido utilizada para mascarar repasses da Itel ao grupo. Seu escritório de advocacia também seria usado para receber recursos fruto do esquema.

Agentes também vasculharam dois endereços da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) em busca de documentos para embasas as investigações. Estrutura e servidores da secretaria teriam supostamente sido usados na prática dos crimes investigados.