Governo diz que ganho atingiria 10% com proposta rejeitada pela Fetems
Servidores da educação mantêm greve para terça
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Servidores da educação mantêm greve para terça
Secretário adjunto da SAD (Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização), Édio Viegas argumenta que os ganhos aos administrativos da educação chegariam a 10% caso a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) aceitasse a proposta feita pelo governo na semana passada. Com a rejeição, a categoria mantém a greve anunciada para ter início nesta terça-feira (10).
Foi oferecido, além dos 3,04% de reajuste e a incorporação, a partir de 2019, dos R$ 200 de abono a todo o funcionalismo, mais R$ 100 em auxílio alimentação.
“Fizemos essa proposta e, junto com a PGE (Procuradoria-Geral do Estado) mostramos para a Fetems que legalmente não há a possibilidade de incorporar os R$ 200 de abono neste ano. Estranhamos essa decisão pela greve, pois o governo sempre esteve e continua aberto à negociação”, Viegas, ao se referir a insistência da Federação em incorporar o abono já neste ano.
Essa proposta foi apresentada pela SAD à Fetems e ao Sindicato dos Funcionários Administrativos da Educação em Mato Grosso do Sul (Sinfae-MS), antes dos servidores administrativos da educação decidirem pela paralisação. O secretário enfatizou que o governo atendeu a todas as reivindicações feitas pelos servidores da educação, inclusive a realização de concurso público para professor e administrativo da educação, já autorizado pelo governador Reinaldo Azambuja.
O secretário explicou que nenhum administrativo da educação necessita de complementação salarial para alcançar o salário mínimo nacional. Segundo ele, mesmo na tabela de salários do grupo constar para administrativo da educação em início de carreira remuneração inferior ao mínimo, nenhum servidor recebe menos que o piso nacional. “Não temos nenhum servidor em início de carreira”, disse.
Presidente da Fetems, Jaime Teixeira admitiu que ninguém recebe mais o piso abaixo do salário mínimo, ou seja, de início de carreira, mas que não é essa a discussão proposta pela Federação.
“Estamos há dois anos tentando fazer a incorporação do abono. Essa sim traria ao servidor público uma valorização na carreira e ganho real e é possível de se fazer neste ano. A lei do reajuste, como foi aprovada, coloca um monte de condicionantes que acaba deixando impossível a incorporação para o ano que vem”.
Sobre o pedido para o concurso público, que é atendido pelo governo, Jaime diz que vai ajudar na defasagem de funcionários. “O último concurso foi feito na gestão passada. Mas o Reinaldo está finalizando o processo, sejamos honestos, e vai ser importante para atender as escolas essa previsão de 1,2 mil novas contratações”.
O presidente ressaltou que a incorporação pode ser feita mesmo após o fim do prazo para o reajuste, que foi o dia 7 de abril.
“Quanto a isso, a lei eleitoral é clara. Tem prazo até 30 de junho para fazer a correção de distorção em tabela. Então mesmo que incorpore uma parte desse abono de R$ 200 já é ganho para a categoria. Por isso vamos manter a greve”, finalizou.
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