Equipe de Governo ainda acerta alguns detalhes da reforma administrativa e o projeto deve ser encaminhado para apreciação da Assembleia Legislativa nos próximos dias. Fazendo mistério sobre quais estruturas serão modificadas, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) voltou a dizer que mudanças na máquina pública serão ‘pontuais’.
Reinaldo não confirmou rumores de redução ou junção de secretarias e destacou que a estrutura de governo já é muito enxuta. “Nós faremos algumas mudanças e adequações que entendemos que podem funcionar melhor para o bom desempenho das atividades pelos próximos quatro anos”, afirmou durante agenda pública na manhã desta segunda-feira (3), em Campo Grande.
As mudanças, conforme o tucano, ainda estão sendo discutidas pela Segov (Secretaria de Governo) e, tão logo possível, serão submetidas ao crivo dos deputados estaduais. “A equipe tem uma reunião às 10h e amanhã (4) outra para quando a gente finalizar o projeto de lei encaminhar à Assembleia Legislativa.
A expectativa é que os projetos de reestruturação sejam encaminhados em regime de urgência à Casa de Leis, já que os parlamentares devem ‘limpar a pauta’ antes do recesso que inicia na sexta-feira (21). “Não sei se a gente consegue finalizar essa semana, mas irá em tempo hábil”, promete.
Mudanças
Vice-governador eleito, Murilo Zauith (DEM) já afirmou que deve ocupar espaço nada ‘figurativo’ na gestão Azambuja. Reinaldo, por outro lado, disse que o assunto ainda não foi discutido, “mas nada impede dele assumir uma estrutura administrativa”.
“Acho que o Murilo tem experiência, se for essa a intenção. Ele foi eleito vice-governador e vai ajudar o governo. De repente, pode ajudar numa estrutura administrativa, mas nós não tratamos desse assunto ainda com ele”, disse. A volta do secretário Carlos Alberto de Assis à SAD (Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização) foi a única mudança, prevista desde a campanha eleitoral, de fato materializada.
O retorno do coordenador de campanha de Reinaldo ao comando da pasta e a volta de Édio Viegas ao posto de secretário Adjunto foi publicado em Diário Oficial no dia 19 de novembro. Outra novidade seria a criação da Agência Sustentável de Desenvolvimento Econômico, sob o comando o senador Pedro Chaves (PRB), anunciada por ele mesmo durante agenda na Capital.
“Fui convidado para algumas secretarias, mas estou reticente quanto a isso. Devo assumir uma agência. A Agência Sustentável de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso do Sul). Vou trazer investimentos nacionais e internacionais analisando a vocação de cada município. Lidar com desemprego, renda. Vai ser muito bom para ao Estado”, anunciou Chaves.
Arranjos
A pasta da Cultura pode perder o status de Secretaria Estadual e vir a integrar a SED (Secretaria Estadual de Educação), conforme adiantam nos bastidores pessoas ligadas a articulação de uma nova formatação de estrutura de governo a ser apresentada.
Não reeleito, mas primeiro suplente da coligação com possibilidade de assumir a vaga deixada por Tereza Cristina (DEM), que vai para o Ministério da Agricultura, Resende pode deixar a chance de ocupar o cargo em Brasília para integrar a administração.
Neste caso, deixaria a vaga de deputada federal para Beatriz Cavassa (PSDB), viúva do prefeito de Corumbá Ruiter Cunha. Segundo pessoas próximas ao governo, ‘em agradecimento ao apoio da cidade pantaneira aos votos para Reinaldo’. Bia não nega que haja até um ‘convite’ de Reinaldo a Geraldo. “Eu me sinto bastante honrada com a possibilidade de assumir uma vaga. Se o Geraldo não assumir e aceitar o convite do governador, estou à disposição”, comentou.
O titular da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), Guaraci Fontana também pode desfalcar a equipe de Governo. O servidor está de férias desde o dia 7 de novembro e com possibilidades de se aposentar e deixar a administração. O deputado eleito Coronel David (PSL) também é cotado para a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). Com o desinteresse do ex-titular, Barbosinha (DEM), David deixou claro o ‘sonho’ de ocupar o posto.
O ex-chefe da Casa Civil, Sérgio de Paula, que também atuou na articulação política durante a campanha da reeleição, chegou a afirmar que dependia de Reinaldo para voltar ao primeiro escalão do Governo Estadual. Reinaldo não se manifestou oficialmente.
Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul) também poderia deixar a pasta a pedido de Tereza, que o chamaria para integrar o Ministério. A informação, no entanto, é negada por ele.
Fora da Assembleia em 2019, Mara Caseiro (PSDB) também conta com o líder tucano para permanecer na Casa. A deputada afirmou que conversará com Reinaldo sobre a possibilidade de um dos eleitos assumir uma secretaria.
Como primeira suplente da chapa, ela assumiria uma das cadeiras na Casa. Os eleitos, no entanto, têm desejo de cumprir o mandato, restando a Mara integrar eventualmente a equipe de Governo.
