Mesmo se decidir não apoiar nenhum nome de outro partido ao Governo Estadual, a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) não deve sofrer tanto o impacto da ausência de ‘parceiros de palanque', em Mato Grosso do Sul, por conta da influência do candidato nas redes sociais, avaliou o deputado federal (DEM).

Conforme o parlamentar, a candidatura do ex-militar à Presidência da República tem tido suporte no apoio dos eleitores na internet e pouco se utiliza de partidos políticos para se sustentar, logo eventual descarte de apoio a outras siglas aos governos estaduais não deve surtir tanto efeito, caso se concretize.

“A candidatura dele me parece ser em ligação direta com os eleitores via mídia social e não se utiliza de partidos políticos”, disse o democrata. Entretanto, na visão do companheiro de Congresso de Bolsonaro, a possível decisão de não apoiar outros candidatos deve impactar a bancada do PSL. “Acho que deve dificultar seus candidatos a proporcionais”, considerou Mandetta.

Simpático à candidatura de Bolsonaro ao Planalto, o deputado federal Elizeu Dionizio, do Partido Socialista Brasileiro, afirmou ao Jornal Midiamax que, com a desistência do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa em concorrer à disputa, o partido está reavaliando todos os cenários possíveis, tanto à nível nacional quanto à nível estadual.

Mal interpretado

Companheiro de sigla do presidenciável, o pré-candidato a deputado estadual, Coronel David, afirmou que Bolsonaro foi mal interpretado e que é muito difícil manter candidatura pura, distante das regras impostas pela Justiça Eleitoral.

“O que o Bolsonaro quis dizer é que ele não está focado em eleição para governo, mas, sim, em apresentar candidatos do PSL para concorrer ao pleito. Não há como participar de uma eleição, ainda mais diante das regras que foram estabelecidas pela justiça eleitoral, de buscar independência com uma chapa pura”, afirmou nesta segunda-feira (4) ao Jornal Midiamax.

David ainda confessou que o diretório regional da legenda já conversou com todos os candidatos ao Parque dos Poderes, mas a decisão só deve ser tomada em julho, com aval da direção nacional do partido e de Bolsonaro.

“Nos próximos dias vou à Brasília junto com o presidente nacional do PSL, Rodolfo Nogueira, e vamos conversar sobre isso com ele [Bolsonaro]”, completou.

Em entrevista ao site Poder 360, Bolsonaro disse que não pretende apoiar no 1° turno candidatos de outras siglas na disputa aos governos estaduais e que o PSL só deve ter candidatura própria em cinco estados. O militar afirma que o foco será sua própria candidatura ao Planalto.

“Não estou preocupado com governador. Já é um tumulto [disputa pela Presidência]. Vou ficar me preocupando com 27 Estados?”, queixou-se, durante a entrevista, concedida na última sexta-feira (1) ao site Poder 360.