Em terceiro bloco 'quente', candidatos fazem perguntas sobre temas livres
Foto: Marcos Ermínio

(Com Ludyney Moura e Wendy Moura)

O terceiro bloco do contou com os seis candidatos fazendo perguntas sobre temas livres, sem sorteio sobre as perguntas, apenas com pré-definição sobre os candidatos que perguntam. Cada um escolheu a quem dirigir os questionamentos.

Logo no começo, (PSDB) solicitou impugnação sobre o termo “orgia”, usado anteriormente por Marcelo Bluma (PV). A equipe técnica que analisa os pedidos não deferiu.

O atual governador, Reinaldo, foi o primeiro a perguntar, ele questionou Humberto Amaducci (PT) sobre o princípio de governar para 79 municípios independente de “coloração partidária”.

Amaducci citou o ex-presidente Lula ao lembrar sobre governar sem se atentar a bandeiras partidárias. Humberto lembrou de governos anteriores e também falou que Reinaldo não cumpriu promessas feitas a Mundo Novo, cidade que ele comandou como prefeito. “Não queremos ser um governo que fala e não faz, que visita municípios e não cumpre com aquilo que dedica fazer”. O candidato também falou que a marca de Reinaldo é inoperância e JBS.

Reinaldo se defendeu, em sua réplica, dizendo que JBS é a marca de “picaretas que nunca pagaram imposto e passaram a pagar em Mato Grosso do Sul”. O atual governador também lembrou que investiu em Mundo Novo mesmo com o PT no comando da cidade e mesmo com críticas ácidas de Amaducci ao Governo.

Na tréplica, Amaducci afirmou que executar obras é a obrigação do Governo e também lembrou que a sensação para os sul-mato-grossenses é que o Estado está parado.

Segunda pergunta

O próximo a perguntar na sequência, João Alfredo Danieze (PSOL), questionou Odilon de Oliveira (PDT) sobre a segurança na fronteira e o jogo do bicho. “Somos corredor de contrabando e armas, mas não fiscalizamos. Como acabar com o jogo do bicho em Mato Grosso do Sul?”.

Odilon respondeu afirmando que essa pergunta deveria ser respondida a quem comanda o Estado e não a pessoas de instâncias federais. “Passei aproximadamente 40 anos no Estado e parte do mundo documentou, inclusive a ONU, meu combate à criminalidade. Mas tem que ser combatido sim, qualquer delito tem que ser combatido”.

Odilon continuou “temos sim que combater o crime organizado, seja um delito de contravenção ou seja qual for, independente da figura que o pratique, e o Governo do Estado sempre foi omisso nesse sentido”.

Em sua réplica, Danieze continuou discorrendo sobre o tema “jogo do bicho”, afirmando que “a mulher de César não basta ser honesta, ela precisa ser honesta, então é preciso combater, não se pode omitir”.

Na tréplica, Odilon continuou se defendendo sobre o questionamento de João Alfredo. “A história de Mato Grosso do Sul, a história policial do Brasil e do judiciário não registra nenhuma omissão da minha parte, o que registra é a minha garra e a minha valentia ao enfrentamento ao crime organizado. Perdi a minha liberdade e ninguém tem autoridade moral para dizer o contrário. Nem o CNJ em que os integrantes nunca colocaram o pé na fronteira. Eu nunca fui omisso e jamais serei”, completou.

Terceira pergunta

Na terceira pergunta, o candidato Juiz Odilon (PDT) perguntou ao candidato Marcelo Bluma (PV) sobre corrupção e citou a JBS. “No Brasil inteiro está sendo veiculado nome de pessoas. O que o senhor fará para combater corrupção em Mato Grosso do Sul se for eleito?

Na resposta Bluma disse que combater corrupção na política de Mato Grosso do Sul é ‘trabalho de Hércules”. “Um cidadão com salário mínimo, está mandado aos cofres R$ 400 de ICMS. É desumano o que acontece. O dinheiro vai ao cofre público e você liga a televisão e vê operação e operação PF [de combate à corrupção]. A PF vai usar nomes em inglês, pois em português já não tem mais nomes”.

Como solução, Bluma pontuou que o eleitor tem papel fundamental. “Como podemos mudar isso? O eleitor no momento da eleição, mandar para casa essa turma. É preciso construir uma nova ordem política. Acabar com o ‘toma lá dá cá’ e apostar na transparência.

Na tréplica, o juiz Odilon acrescentou que, com base, no que os olhos de observam, em “40 anos ao combate do crime organizado”. A primeira coisa a fazer o chefe do executivo dar o exemplo. Bluma concordou que o chefe do executivo tem que ser o primeiro a dar exemplo.

“Não tem nada de rei [o governante]. Ele é um servidor. Escolhemos ele para administrar o dinheiro, com transparência. Não ficar lá rodeado de cupincha e não assistindo ações da PF.

Quarta pergunta

Na quarta pergunta, Junior Mocchi (MDB) disse que estava havendo troca de ofensas mútuas e que os candidatos estavam lá para apresentar propostas em cada área de atuação. Questionou por que o governo não dialogou com os servidores com “diálogo franco, olho no olho”.

Reinado alegou que fez o governo que mais dialogou com o servidor. “Demos 33% de aumento para uma inflação que não chegou a 16%. “Vemos o esforço que tivemos que fazer para avançar no plano de cargos e carreiras, pagar melhor salário dos professores. Aumentamos em 60% os repasse para UEMS. São números que mostram relação de diálogo com os servidores”, disse. Ressaltou ainda o Fórum Dialoga e as promoções e progressões de policiais.

Mocchi disse na tréplica que a grande reclamação dos servidores, é com o governador, que ele não tomou para si a responsabilidade do diálogo. Azambuja disse que muitas discussões foram feitas por ele, mesmo as leis que vieram do governo anterior. “Sentamos, dialogamos e encaminhamos à Assembleia. Houve momentos de , mas nunca estancamos o diálogo”.

Quinta pergunta

O candidato do PT, Humberto Amaducci, questionou o Marcelo Bluma (PV) sobre cultura, e disse que o governo de Azambuja ‘abandonou’ questão cultural em MS, lembrando de uma ação de governo do ex-governador .

Bluma respondeu que na gestão petista em MS houve vários festivais de cultura. Disse que o governo atual não deixou ‘nenhuma marca’, e afirmou que vai retomar políticas de cultura que foram colocadas em práticas no governo de Zeca. Destacou a riqueza cultura do Estado, e falou em fazer grande trabalho. “Não é só das coisas materiais que um povo pode viver”, afirmou.

Amaducci, em sua réplica, lembrou que havia Fundos de Investimento em cultura, esporta e na assistência social, além da criação do Fundersul. Já o candidato do PV frisou que o Estado produziu o sertanejo universitário, que pode gerar riqueza para o povo. Resgatar autoestima com a questão cultural.

Sexta pergunta

Na sequência, coube a Bluma perguntar a Junior Mochi, do MDB. R$ 1,2 milhão por deputado por mês. E reclamou que houve uso de força policial em votações da Assembleia.

Disse que pela primeira vez a Assembleia devolveu dinheiro do duodécimo ao Estado, devolveu R$ 76 milhões ao Estado, e neste ano deve devolver mais de R$ 100 milhões. Destacou que houve instalação do ponto eletrônico, do painel eletrônico para parlamentares, e realização do primeiro concurso público da história do legislativo estadual.