Dois dias após operação que atingiu cúpula de Reinaldo, Polaco continua foragido
Foto: Marcos Ermínio

José Ricardo Guitti Guimaro, o Polaco, é o único alvo da Operação Vostok, deflagrada nesta quarta-feira (12), que ainda não foi preso. De acordo com a Polícia Federal, o mandado de prisão temporária expedido contra Polaco segue em aberto.

O ministro Felix Fischer, do STJ (Superior Tribunal e Justiça), determinou prisão de 14 pessoas, entre elas o filho do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), Rodrigo Souza e Silva, e o deputado Zé Teixeira (DEM).

No dia da operação, 12 mandados foram cumpridos. Ficaram em aberto as prisões de Polaco e do ex-prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra. O político se apresentou à PF ontem à tarde e está em cela da 3ª delegacia de polícia, no bairro Carandá Bosque.

Agentes federais fizeram buscas por Polaco no município de Trairão, no interior do Pará. Esse era o último endereço a que a Justiça tinha conhecimento. No entanto, Polaco segue foragido.

O Jornal Midiamax conversu, nesta quinta-feira (14), com o advogado José Roberto Rosa, que já representou Polaco em outros processos. Ele afirmou que ainda não tinha sido constituído advogado do alvo da operação. Nesta sexta, o defensor não respondeu ao contato da reportagem.

De acordo com investigação da Polícia Federal, foi descoberto um suposto plano para matar Polaco, que teria ameaçado fazer uma delação premiada contando detalhes sobre a concessão de benefícios fiscais em troca de propina no Estado.

O ministro Fischer chegou a citar a conclusão da PF no despacho em que autorizou a prisão de 14 investigados. “Verificou-se, até mesmo, a possível arregimentação de eventual eliminação/morte de um dos atores da arquitetura criminosa, o investigado ‘Polaco”.

Segundo a PF, o plano para matar Polaco teria sido orquestrado quando ele foi classificado como “infiel” ao grupo criminoso. Um homem que teria sido contratado para executar Polaco chegou a prestar depoimento aos federais.