Projeto de lei propõe salas com menos luz e som
Um projeto de lei apresentado na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (10) pretende garantir que pessoas com o TEA (Transtorno do Espectro Autista) tenham salas de cinema adaptadas às suas necessidades por, pelo menos, uma vez por mês
O projeto foi apresentado pelo deputado federal sul mato-grossense, Fábio Trad (PSD). A proposta obriga os cinemas de todo país a oferecerem as sessões adaptadas por no mínimo uma vez a cada mês.
Segundo a justificativa da proposta, o acesso de pessoas com transtorno do espectro autista ao cinema é dificultado por conta das alterações de humor e comportamento causadas pela sensibilidade à luz e ao som intensos.
“A hiperatividade, a sensibilidade auditiva e visual, a dificuldade de concentração e a necessidade de permanecer sentado por longo tempo torna uma sessão convencional do cinema, para essas pessoas, uma desafio por vezes intransponível”, explica Trad no texto do projeto.
De acordo com o texto, nas sessões adaptadas não deverá haver publicidades nos filmes. As salas deverão estar levemente iluminadas e o volume do som deverá ser diminuído. Autistas e familiares deverão poder circular livremente.
Atualmente, a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que um em cada 160 crianças seja afetada pela condição do autismo. No Brasil, é estimado que 500 mil pessoas possuam o transtorno.