Pré-candidato a deputado federal pelo PP, o ex-prefeito Alcides Bernal propôs nesta terça-feira (17) duas chapas de deputados federais para abrigar todos os pré-candidatos da proporcional na aliança com , DEM e PSD.

“Aliança não tem que ser empecilho. Acho que se todos sentarem e conversarem não tem motivo para criar problema por isso. Podem ser feitas duas chapas para eleger em maior quantidade: o PSDB com os deputados deles e outra menor, com os aliados”, explicou.

O problema é que a composição não agradaria ao DEM, que tem receio em fazer eleger apenas um deputado neste formato.

“Os dois deputados federais ainda não se ajeitaram porque o PSDB tem cinco candidatos federais na coligação. E pelas contas deles só cinco se elegem. Então não caberiam os nossos federais lá [na chapa deles]. E com o André, são poucos e só se elege um, o que gera uma insegurança partidária, mas é uma outra saída”, explicou Murilo Zauith, pré-candidato ao Senado.

Nas últimas eleições proporcionais, os pré-candidatos estiveram entre os mais votados em Mato Grosso do Sul. Alcides Bernal com 204.262 votos (para o Senado em 2014), Geraldo Resende com 87.546 votos, Tereza Cristina com 75.149 votos, Fábio Trad com 67.508 votos, Henrique Mandetta com 57.374 votos, Beto Pereira com 27.182 votos e Rose Modesto com 10.813 votos (para a Câmara de vereadores de Campo Grande em 2012).

Uma chapa com aliados também não agrada, porque pelas contas do partido somente um demista seria eleito.

‘Conta pesada'

Com aliança inflada para deputado federal, Bernal propõe dividir chapa do PSDB na proporcionalJuntos na abertura da Campo Grande Expo 2018 nesta segunda-feira (17), o governador Reinaldo Azambuja e a deputada federal Tereza Cristina (DEM) evitaram falar em datas para definição da aliança. Tereza, entretanto, admitiu a dificuldade em fechar a aliança com os tucanos por conta do inchaço da chapa.

“Essa conta é pesada, sim [de sete deputados federais]. Os partidos são congressuais, eles exigem da sua executiva que mantenha ao menos o número de deputados federais. É isso que compõe fundo partidário, tamanho das comissões. O DEM vai fechar com alguém, não vamos lançar majoritária. Mas ainda não fechamos”, disse a deputada.

Para Reinaldo Azambuja, é preciso que o DEM não se divida na definição da aliança. “A decisão que eles vão tomar é colegiada. O partido não pode tomar uma decisão isolada. Isso pode isolar o partido”, avisou.

Inchaço também ao Senado

Desde sábado em Campo Grande entre reuniões e conversas com o governador Reinaldo Azambuja, Murilo disse ser possível até mesmo uma desistência ao Senado já que estão listados como pré-candidatos pelas chapas Marcelo Miglioli, Nelsinho Trad e Pedro Chaves (PRB).

“Existe a possibilidade do DEM ter o vice e o Senado. Eu posso ser vice também, depende de como o partido vai formatar essa aliança e construir essa participação da sigla no governo”.