Com a estratégia de amenizar o discurso de , na tentativa de desconstruir fama de pavio curto, a candidata a vice-presidente do PDT, , decidiu assumir postura de enfrentamento contra o presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro.

A ideia é que ela repita a postura adotada por Marina Silva, da Rede, que elevou o tom contra o militar durante debate televisivo promovido pela RedeTV!, na semana passada.

Nesta sexta-feira (24), Katia publicou mensagem nas redes sociais criticando o apoio de empresários ao adversário. Segundo ela, a postura demonstra “hipocrisia”. “Faço esse desafio a todos os grandes empresários que apoiam o capitão que nunca administrou nada na sua vida, mas estão querendo colocar para gerir o Brasil. Coloquem ele como o principal executivo de suas grandes empresas”, disse.

Nos últimos dias, declararam apoio a Bolsonaro os donos das redes comerciais Havan e Centauro. “Esses grandes empresários que apoiam o capitão para presidente fazem seleções ultrarrigorosas atrás dos melhores executivos e pagam salários astronômicos. Para o Brasil serve qualquer um? Hipocrisia não tem limites”, disse.

Nas redes sociais, ela ainda criticou o discurso de Bolsonaro para a área da segurança pública. “Se a segurança pública fosse resolvida apenas na bala, o Exército já teria salvado o Rio de Janeiro. Arma e bala não faltam por lá”, afirmou.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, publicada logo após a sua escolha como candidata a vice-presidente, Katia defendeu a flexibilização ao porte de armas no ambiente rural, posição contrária à de Ciro Gomes.

Pelo votos de indecisos, o presidenciável do PDT adotou desde a semana retrasada um perfil moderado. A mudança foi baseada em pesquisa qualitativa, que revelou uma insegurança do eleitorado com seu estilo duro.