A construção da ponte que liga o município de , distante 377 km de , à cidade paraguaia de Carmelo Peralta, chamada , está próxima de ser oficializada. O ministro Carlos Marun (MDB), da Secretaria de Governo, discutiu detalhes do projeto com a bancada de MS na Câmara dos Deputados, na manhã desta sexta-feira (26), na Capital.

As tratativas para a construção do empreendimento tiveram início ainda em agosto passado, durante a posse do presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez. As obras da ponte que liga os municípios paraguaio e sul-mato-grossense pode ter início ainda em 2018, como parte do programa Chave de Ouro, do Governo Federal, que também aplicou recursos na implantação do Macroanel rodoviário de Campo Grande.

Entretanto, o acordo entre os dois países esbarra em entraves burocráticos. Durante a reunião, a bancada deixou claro a Marun que só cederá as emendas parlamentares, na ordem de R$ 57 milhões, a construção do empreendimento, se o conselho da hidrelétrica Itaipu Binacional oficializar os termos no acordo, informando a fonte financeira a ser utilizada.

“A única coisa que a bancada quer, não precisa nem ser assinado pelo Temer, é um termo qualquer da reunião de Itaipu colocando a fonte financeira”, afirmou a senadora Simone Tebet (MDB).

Com o termo, segundo Simone, o conselho de Itaipu se compromete a bancar a ponte e, assim, os R$ 57 milhões em emenda de bancada, que perderiam a validade, poderiam ser remanejados em outras obras encabeçadas pelo (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), como recapeamento e tapa-buracos. “Estamos correndo contra o tempo”, diz.

Segundo Marun, a conselho da hidrelétrica já havia sinalizado que aceitaria o acordo, mas as demandas dos deputados federais serão levadas a próxima reunião do conselho em 15 dias. O conselho de Itaipu é composto por representantes paraguaios e brasileiros. Com a aprovação, segundo Marun, a obra terá início imediato.

A previsão é que a ponte seja concluída no prazo de 4 anos, mas ainda não há uma estimativa de quanto recurso será aplicado. Além da ponte entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta, outra ponte será construída em Foz do Iguaçu, orçada em R$ 280 milhões. A previsão é que a obra seja concluída em 3 anos.

Além de Marun e Tebet, estiveram presentes os senadores Pedro Chaves (PRB) e Nelsinho Trad (PTB), recém eleito, os deputados Luiz Henrique Mandetta (DEM), Vander Loubet (PT) e Dagoberto Nogueira (PDT). A outra parte da bancada, composta pelos deputados Elizeu Dionizio (PSB), Zeca do PT, Tereza Cristina (DEM), Fábio Trad (PSD) e Geraldo Resende (PSDB), além do senador Waldemir Moka (MDB), não participou da discussão.