O ex-senador se filiou ao PTC, de acordo com a relação de filiados dos partidos políticos na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na internet. O ex-petista estava sem partido desde que deixou a sigla e teve o mandato no Senado cassado por quebra de decoro parlamentar, em maio de 2016.

Delcídio, cujo mandato terminaria no fim deste ano, está inelegível por oito anos por ter sido afastado do seu cargo no Congresso Nacional. Entretanto, ele ainda espera reverter esta situação e participar das eleições de outubro. Para tanto, conta em ter a mesma sorte que o também ex-senador Demóstenes Torres (PTB-GO).

Demóstenes teve o mandato cassado em 2012 por quebra de decoro parlamentar e ficaria inelegível até 2027 (oito anos após o fim da legislatura para o qual foi eleito). No entanto, a segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu no dia 17 de abril que o goiano poderá se candidatar ao Senado no pleito deste ano.

A reportagem entrou em contato com Delcídio do Amaral, que atendeu a ligação, mas disse estar em reunião com advogados e não poderia falar no momento. Também tentamos contato com dirigentes regionais do PTC para obter informações sobre o plano político do novo filiado, mas as ligações não foram atendidas.

Perda do mandato

Filiado ao Partido Trabalhista Cristão desde 5 de abril, Delcídio foi preso pela Polícia Federal, em novembro de 2015, por tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato ao oferecer R$ 50 mil mensais à família de Nestor Cerveró para tentar convencer o ex-diretor da Petrobras a não fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.

O ex-senador se tornou o primeiro a ser preso durante o exercício do mandato. Ele foi solto em fevereiro após fechar um acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República. Ele ficou 87 dias na cadeia. Quem assumiu a vaga de Delcídio no Senado, após sua cassação foi o seu suplente, empresário Pedro Chaves (PRB-MS).

(Foto: Agência Brasil)