Com reportagem de Evelin Cáceres
Pecuarista e delator, Ivanildo Miranda também é levado para sede da PF
Ivanildo chegou pouco antes das 10h na sede da PF

O pecuarista e empresário Ivanildo da Cunha Miranda foi levado para a sede da Polícia Federal em Campo Grande, na manhã desta quarta-feira (12), mesmo lugar para onde estão sendo encaminhados os presos da Operação Vostok.

A reportagem não confirmou se Ivanildo está entre os presos ou se foi levado apenas para prestar depoimentos.

Ivanildo também era alvo da Operação Lama Asfáltica e também da delação dos irmãos Wesley e Joesley Batista. Em meados de 2017, ele procurou a Polícia Federal com intuito de celebrar um acordo de delação premiada.

O pecuarista era apontado como suposto operador das propinas envolvendo o ex-governador André Puccinelli (MDB) no esquema da JBS.

À polícia, quando firmou o acordo, o próprio Ivanildo contou que recebia, como operador do esquema de propina em troca de benefícios fiscais, entre os anos de 2007 a 2010 valores mensais entre R$ 60 mil a R$ 80 mil, e após 2011 até 2013, esse valor, em alguns meses, chegava a R$ 220 mil.

O advogado de Ivanildo, Newley Amarilla esteve na sede da PF, logo após a chegada do pecuarista.

Operação

A Polícia Federal divulgou que aproximadamente 220 policiais federais cumprem 41 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de prisão temporária, no âmbito da Operação Vostok, em Campo Grande, Aquidauana, Dourados, Maracaju, Guia Lopes de Laguna, e no município de Trairão, no Estado do Pará.

Além destes, também foram cumpridos outros três mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Estadual do Mato Grosso do Sul, pedidos pelo MP-MS (Ministério Público Estadual), de ações, que segundo a PF, têm o mesmo objeto ligado aos fatos investigados em âmbito federal.

A Operação tem o objetivo de combater um esquema de pagamento de propina a representantes da cúpula do Poder Executivo Estadual