Demissões foram publicadas no Diário Oficial do Estado

Os investigadores de polícia Amadeu José Celestino Jr. e Antônio Marcos Borges, e o agente de polícia Edson Lísio Lopes, suspeitos de envolvimento em um caso de extorsão ocorrido em 2009, foram exonerados nesta quinta-feira (5).

Na época, uma operação montada pela Corregedoria da Polícia Civil flagrou os policiais Edson e Celestino Jr. com uma quantia de R$ 11 mil, que teria sido extorquida do dono de uma chácara de Terenos.

Segundo o produtor rural, os agentes teriam exigido o dinheiro como forma de chantagem para não prendê-lo, uma vez que sabiam da existência irregular de duas espingardas e um revólver na propriedade.

Ele contou à Polícia Civil que os agentes pediram inicialmente R$ 20 mil, e depois baixaram o valor para R$ 13 mil. O produtor tentou ganhar tempo na negociação para acionar a polícia e denunciar os agentes.9 anos depois, policiais são demitidos por extorquirem R$ 11 mil de chacareiro

Após a ação da Polícia Civil, os policiais foram exonerados e chegaram a voltar para o cargo em 2010 devido uma liminar concedida pelo TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

Em 2012, uma nova decisão interlocutória da 3ª Vara de Fazenda Pública negou a antecipação de tutela aos policiais para que voltassem ao cargo com salário retroativo. O processo segue em trâmite na Justiça, sem movimentação há três anos.

De acordo com o inciso XXXVI do art. 156 da Lei Orgânica da Polícia Civil, utilizado como base para as demissões, é proibido aos policiais “valer-se do cargo com o fim ostensivo ou velado de obter proveito de natureza político-partidário ou de qualquer natureza”.