Salineiro reclamou de não poder falar nada na Câmara
O que era para ser apenas um estudo reservado, do gabinete do vereador André Salineiro (psdb), sobre as sessões solenes da Câmara da Capital, acabou se tornando um motivo de discussão na manhã desta quinta-feira (29) no legislativo municipal.
O vereador Carlão (PSB) disse na sessão que ouviu que um colega, sem identificar quem, estava fazendo um projeto para diminuir a quantidade de sessões solenes na Casa, que ele seria contrário, e recebeu apoio de muitos parlamentares.
“Nessa Casa não se pode falar. Estou estudando se é viável ou não, porque a sessão solene é um custo alto”, disparou Salineiro, que apesar não ter o detalhamento das despesas, citou os gastos com som, iluminação, divulgação e material gráfico dos eventos realizados na Casa. “Não acabar, mas vamos desculpar, é dinheiro demais”, emendou o tucano.
Da Mesa Diretora, Carlão rebateu o colega, disse que não era ‘garoto de recado’, e só não havia identificado André porque não sabia qual vereador encampava o estudo. “Ele mesmo vem na sessão solene) disse o pessebista, 1º secretário da Câmara, que orientou a Salineiro a encaminhar uma solicitação requisitando os custos dos eventos à presidência da Casa.
A discussão foi ampliada e outros vereadores entraram na pauta. “Tem vereador que quer ser presidente, quer ser prefeito, mas para isso tem que ganhar eleição. A sessão é um direito dos vereadores, não é despensa, é investimento”, disse chiquinho telles (PSD).
Colega de bancada de André, Delegado Welllington defendeu as sessões solene, que classificou como atividades com ‘custo mínimo’. “Quem quiser que não homenageie. O poder público gasta muito mais dinheiro com nada”, rebateu.
Otávio Trad (PTB) revelou que na legislatura passada a mesma tentativa de redução dos custos nas sessões não teve acordo na Câmara. O petebista sugeriu, por exemplo, que ao invés de uma sessão para cada líder religioso, a Casa realize uma só solenidade ecumênica que reúna padres, pastores, pais de santos, e demais clérigos.