PEC do limite dos gastos chega hoje à Assembleia

Sem revelar nomes de secretários que perderão os cargos, mas confirmando fusão de pastas, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou que ainda vai aguardar a aprovação do projeto de na Assembleia Legislativa, antes de anunciar futuras mudanças.

Reinaldo classificou como ‘temerário' anúncio de nomes que estão de saída do governo. “A gente tem que cortar na própria carne”, limitou-se a dizer sobre o assunto.

Sobre os rumores envolvendo a demissão de Sérgio de Paula (PSDB), atual chefe da Casa Civil, o governador disse que ‘respeita' os boatos, que ‘estão em todas as áreas'. “Se ele sair, com certeza está nos plano da nossa estrutura política do partido”, frisou.  De Paula estava no prédio da governadoria, segundo assessoria do governo, mas não participou da coletiva com Reinaldo.

Já sobre o titular da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), o deputado federal licenciado Marcio Monteiro (PSDB), Azambuja foi enfático em negar a saída. “Isso não está nem na pauta”, disparou.

O secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel (PSDB) afirmou que a articulação política da gestão, antes ‘nas mãos' da Casa Civil, deve ficar na pasta dele, mas não confirmou que ele será o responsável.

“Prefiro não comentar antes que o projeto seja aprovado de fato na Assembleia. Antes disso não sabemos exatamente ainda como vai ficar. Precisamos aprovar o projeto para aí sim resolvermos como vamos fazer”.

Projetos

O projeto de reforma administrativa será discutido com os deputados estaduais na tarde desta segunda-feira (20). Ele prevê demissão de mil comissionados, redução do número de secretarias, das atuais 13 para 10, além de revisão de contratos com fornecedores.

Segundo o governador, Mato Grosso do Sul se iguala a Goiás como Estado da Federação com menor número de secretarias.

A proposta que estabelece um limite de gastos para o Estado deve chegar ainda hoje à Assembleia. Ela vincula o crescimento das despesas à receita, ou seja, pelos próximos 10 anos, a partir de 2018, o governo só poderá gastar mais se arrecadar mais.

“A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do limite dos gastos é necessária, não vai prejudicar educação e saúde, governo vai economizar em outras coisas para gastar mais com o que é prioridade”, explicou o governador.