Indicado do partido deve ocupar Ministério após saída de Moraes para o STF
Com a pressão de colegas do partido, o presidente da República Michel Temer (PMDB) está avaliando nomear um indicado pelo PMDB para assumir o Ministério da Justiça, após a saída do ex-ministro Alexandre de Moraes.
O presidente pretende amenizar as queixas do partido, que foi desprestigiado na última minirreforma ministerial da semana passada que ampliou os poderes do PSDB, ao colocar um indicado tucano na Secretaria de Governo, antes de titularidade de Geddel Vieira Lima (PMDB).
Entre os nomes mais cogitados até o momento estão os do ex-secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Beltrame, e o do deputado federal Osmar Serraglio (PR).
A nomeação do escolhido só deve ser feita após Alexandre de Moraes passar pela sabatina da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) no Senado Federal, a fim de assumir o posto de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal. A intenção é não passar a impressão de que o Planalto está “comemorando antes da hora”, segundo a Folha de São Paulo.
O presidente ainda tenta buscar um ministro que tenha perfil técnico e formação jurídica. A intenção é não passar a impressão de que o governo quer interferir na Operação Lava Jato.
Beltrame é defendido por integrantes da equipe presidencial. Ele tem simpatia da opinião pública. E seria uma maneira de prestigiar a mudança no nome da estrutura, que passou a se chamar Ministério da Justiça e da Segurança Pública.
Já Serraglio foi professor de direito administrativo e é próximo ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. De acordo com aliados e assessores, essa seria uma forma de Temer fazer um aceno ao ministro.
O PSDB ainda sinalizou interesse pelo Ministério, mas o Planalto já deixou claro que o partido está bem contemplado com a indicação de Antonio Imbahassy para a Secretaria de Governo.
(com supervisão de Evelin Araujo
