Elizeu e Marun são os repudiados
No fim da manhã desta sexta-feira (17), a ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública) divulgou nota de repúdio aos deputados federais Elizeu Dionízio (PSDB) e Carlos Marun (PMDB) pelas falas e posicionamentos dos parlamentares em relação à greve geral nacional da educação contra a reforma da previdência.
“Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública repudia, veementemente, os pronunciamentos dos deputados federais Carlos Marun e Elizeu Dionízio”. A nota explica ao tucano que o sindicato tem mais de 65 anos, possui carta sindical diretoria eleita por voto direto e é o maior sindicato de base de Mato Grosso do Sul, com mais de 5 mil profissionais da educação filiados de forma voluntária.
Junto a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) somam mais de 22 mil filiados. Para Marun, presidente da Comissão da Reforma da Previdência na Câmara dos Deputado, dizem que “a greve é um direito legítimo dos trabalhadores, previsto na Constituição Federal e sempre exercido de forma consciente e responsável pelos profissionais da educação pública de Mato Grosso do Sul”.
Defendem que a livre manifestação em defesa de direitos não se configura tentativa de constrangimento, pelo contrário, abre a oportunidade do debate. Pessoas que ocupam cargos públicos não deveriam, em tese, constranger-se diante da cobrança de seus eleitores para que se posicionem a favor dos interesses da população.
Além disso, pontuam que defender direitos conquistados com muita luta é um ato de coragem e não covardia. Atitude covarde é esconder-se, não ouvir o clamor dos trabalhadores e usar de falácias para destruir um dos pilares do Estado de bem estar social, já tão deteriorado no Brasil.
“É lamentável perceber como os referidos parlamentares se posicionam com total distanciamento dos anseios do povo que deveriam representar. Mais triste ainda é o claro desprezo e desrespeito com que tratam uma categoria de trabalhadores que dedica seus esforços para lapidar e engrandecer a população brasileira, por meio do saber”.
Impasse – Professores e manifestantes contrários à reforma da previdência acamparam em frente ao condomínio no qual Marun reside em Campo Grande. Ele considerou a medida ofensiva e teatral. Decisão judicial determinou que os acampados se retirem do local até a tarde desta sexta-feira (17).
Já Elizeu fez uso da palavra na Câmara Federal para tecer críticas ao presidente da Fetems, Roberto Botareli, citando denúncia de violência contra a mulher que o dirigente supostamente responde. O professor, por sua vez, negou que tenha agredido alguém e classificou o deputado como mentiroso.