Serraglio recusa convite de Temer para Transparência e volta à Câmara

Ex-ministro volta a ser deputado em cargo de Rocha Loures
| 30/05/2017
- 17:24
Serraglio recusa convite de Temer para Transparência e volta à Câmara

Ex-ministro volta a ser deputado em cargo de Rocha Loures

O ex-ministro da Justiça, (PMDB-PR), surpreendeu o Palácio do Planalto nesta terça-feira (30) ao recusar um convite para comandar do Ministério da Transparência, pasta que antes era chefiada pelo atual ministro da Justiça,Torquato .

Serraglio foi exonerado do  no domingo (28), em comunicado do Planalto à imprensa, e apesar do destino do deputado até então ser incerto, o governo Federal aguardava que ele trocasse de posto com Torquato Jardim, que até então controlava o Ministério da Transparência.

 

Segundo o jornal Estadão, Serraglio teria ficado chateado por ter sido informado de sua exoneração por meio de uma ligação do deputado Baleia Rossi (PMDB-SP), líder do partido na Câmara. O ex-ministro não foi procurado pelo presidente Michel Temer (PMDB) para explicar a demissão.

Temer receberia nesta terça-feira o ex-ministro em seu gabinete, onde Serraglio anunciaria se aceitava o convite para o Ministério da Transparência. A recusa antecipada ao convite foi uma surpresa. Ainda no domingo, o ministro Moreira Franco disse que Serraglio tinha aceitado o novo cargo proposto.

Pessoas próximas a Serraglio dizem que o desgaste do governo Temer incentivou a decisão do ex-ministro. O presidente enfrenta um julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na próxima semana, e pode ser afastado do cargo por decisão da corte.

 

Além disso, as delações da JBS revelaram que o senador Aécio Neves (PSDB) e o empresário Joesley Batista vinham reclamando da falta de um “alô” de Serraglio sobre interferir nas atividades da Polícia Federal. Aécio chegou a chamar o então ministro da Justiça de “um bosta de um caralho”.Serraglio recusa convite de Temer para Transparência e volta à Câmara

O novo ministro da Justiça, Torquato Jardim já sinalizou positivamente a mudanças na cúpula da Polícia Federal, órgão sob seu controle.

 

Deixando o governo, Serraglio sai com a imagem de que não interferiu na Operação Lava-Jato, e deixa essa “carga” para Torquato.

Assessor de Temer

A decisão de Serraglio não atinge o Planalto apenas pela surpresa, mas pela tomada de volta do cargo de deputado no Congresso Nacional, que afeta diretamente o assessor especial de Temer, o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB), que perde a foro privilegiado.

Loures assumiu o posto de deputado como suplente após o ingresso de Serraglio no Ministério da Justiça. Retornando ao Congresso, o ex-ministro deixa o braço direito de Temer sem cargo parlamentar, o que pode retirar do STF (Supremo Tribunal Federal) a investigação contra ele, que flagrado em ação controlada da Polícia Federal recebendo R$ 500 mil de um executivo da J & F, holding que controla JBS. ​y Moura)

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