Delatores afirmam que se encontraram com o governador

Citado em delação premiada dos donos do grupo JBS como um dos políticos que supostamente receberam propina da empresa, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) disse nesta sexta-feira (26) que não se encontrou com os irmãos Wesley e Joesley Batista nem para tratar sobre a doação oficial de R$ 10,5 milhões para a campanha eleitoral.

Em delação à PGR (Procuradoria-Geral da República), os empresários afirmaram que repassaram milhões a Azambuja em troca de benefícios fiscais para as empresas do grupo. No ano passado, o benefício concedido tinha previsão de alcançar R$ 1 bilhão até 2022.

No depoimento, Wesley Batista diz aos procuradores que o governador era o próprio operador do suposto esquema e que não havia intermediários para repasse da propina. “O próprio governador tratava comigo”, disse Batista na delação.

Sempre que é questionado sobre o assunto, desde o fim da semana passada, Reinaldo afirma que o valor recebido por ela e repassado pela JBS soma R$ 10,5 milhões e faz parte das doações declaradas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Na tarde desta sexta, em agenda pública, a reportagem do Jornal Midiamax questionou o governador sobre o motivo dele ter sido escolhido pela JBS para receber a doação milionária. Irritado, Reinaldo disse que a decisão partiu da direção do partido e voltou a dizer que nunca se reuniu com os donos do grupo JBS para discutir esse assunto.

Reinaldo desmente encontros com Wesley e diz que não fala mais de JBS

Azambuja também afirmou que essa foi a última entrevista que concedeu a jornalistas sobre o assunto. Daqui para frente, o governador disse que o advogado dele é quem dará posicionamentos sobre as apurações.