Parlamentares tucanos querem saída do atual presidente da sigla

A crise interna do PSDB se aprofundou após a propaganda oficial do partido, em rede nacional, criticar o governo de Michel Temer (PMDB), e propor discussões para implantação do regime parlamentarista no Brasil, tanto que apoiadores do governo vao discutir uma possível troca do comando tucano, uma reunião sem a presença do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

“Vou estar acompanhando o ministro ao longo do dia em Campo Grande e Dourados. Não estarei participando da reunião esta noite. Marconi Perillo (PSDB) é meu porta voz nessas tratativas (sic)”, afirmou Reinaldo, fazendo referência ao governador de Goiás, que vai participar de um encontro com o senador Aécio Neves, ex-presidente nacional do PSDB, afastado do cargo após ser flagrado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, do Grupo JBS.Reinaldo deixa para Perillo conversa com Aécio sobre crise do PSDB e Temer

Além de ser um dos principais alvos da delação da JBS, o senador Aécio Neves também figura como um dos principais beneficiários de propinas no acordo de leniência de executivos da Odebrecht. Mesmo com abalos políticos das denúncias, o mineiro ainda exerce grande influência no partido.

De acordo com publicação desta segunda-feira (21) no Jornal Folha de São Paulo, um grupo de pelo menos 10 parlamentares, entre eles alguns fundadores da sigla, ameaçam deixar o PSDB caso o senador Tasso Jereissati (CE) não deixe o comando do diretório nacional.

Para tentar resolver o impasse a ala pró-Temer e anti-Tasso vai se reunir hoje para discutir uma solução para o partido, e dois governadores eram esperados para o encontro, Azambuja e Perillo, politicamente mais próximos do ex-presidenciável tucano. Todavia, apenas o goiano deverá comparecer, já que o sul-mato-grossense passará o dia ao lado de um dos principais ministros do governo Temer, Mendonça Filho (DEM), da Educação.