Pular para o conteúdo
Política

PSB é o sexto partido a romper com governo de Michel Temer

Sigla sugere também renúncia
Arquivo -

Sigla sugere também renúncia

No terceiro dia da crise política causada pela delação premiada de executivos da JBS, que levou à abertura de inquérito contra o presidente (PMDB), o PSB (Partido Socialista Brasileiro), decidiu romper oficialmente com o governo federal e “sugerir” a renúncia do peemedebista “o mais rápido possível”.

Com 42 parlamentares, o partido tem a sexta maior bancada das duas Casas do Congresso, e representa 7% dos votos no Legislativo. A legenda é a quarta maior em número de senadores (sete), empatado com o PP. Na Câmara, a sigla é a sétima mais representada, com 35 deputados federais.

O posicionamento foi divulgado depois de reunião da Executiva Nacional do partido que começou por volta das 10h e entrou pela tarde deste sábado (20), em .

No encontro, que ainda não terminou, os dirigentes discutiram a permanência do ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho (PSB-PE), no cargo, mas até as 13h20, ainda não haviam decidido que providências serão tomadas caso ele decida ficar na pasta.

Deputado federal licenciado, eleito para o seu terceiro mandato em 2014, Coelho Filho foi procurado pela reportagem do UOL, mas não respondeu até o momento.

Seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), que é vice-presidente de relações parlamentares do PSB, não compareceu à reunião e também não foi encontrado pela reportagem.

Resolveram ainda fechar questão em apoio à aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição), de autoria do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), que prevê eleição direta caso Temer deixe a Presidência da República.

“O povo precisa entrar em cena porque a crise é muito grande e não é só do presidente, é de todo o sistema político que precisa ser renovado no processo eleitoral”, declarou o presidente do PSB, Carlos Siqueira.

Na quinta (18), dia seguinte à divulgação das primeiras informações sobre a delação, pelo jornal “O Globo”, Siqueira já havia divulgado nota pedindo que o ministro Coelho Filho voltasse a exercer o mandato na Câmara pelo partido.

Segundo Siqueira, a sigla não pode “admitir” que um de seus membros faça parte de um governo “antipopular que perdeu, por inteiro, sua legitimidade para governar o Brasil”.

Ele ressaltou, porém, que a indicação de Coelho Filho para o ministério “jamais” foi feita pela direção nacional da sigla.
O PSB também foi um dos partidos que assinou pedido de impeachment contra Temer, na quinta. Em menos de 24 horas, o presidente foi alvo de outros sete requerimentos semelhantes protocolados na Câmara dos Deputados.

Ao deixar a reunião neste sábado, o deputado Julio Delgado (PSB-MG), que é secretário especial do partido, afirmou que o ministro “talvez seja até implicado a pedir licença do partido para continuar exercendo [o comando do ministério]”.

“Talvez ele queira ficar no navio tocando o violino do Titanic. Essa é uma opção dele”, ironizou Delgado.

Antes do PSB, o Podemos (ex-PTN) e o PPS já haviam anunciado o rompimento com o Planalto. O agora ex-ministro da Cultura, Roberto Freire (PPS-SP) se demitiu por conta da repercussão das revelações.

Nesta sexta (19), no entanto, ele reassumiu a presidência nacional do partido e afirmou que a legenda vai continuar apoiando o governo, apesar de dizer que sua demissão foi “inevitável”.

As dez maiores bancadas no Congresso:

PMDB – 85 (Senadores 22 + Deputados 63)

PT – 67 (9 + 58)

PSDB – 58 (11 + 47)

PP – 54 (7 + 47)

PR – 43 (4 + 39)

PSB – 42 (7 + 35)

PSD – 42 (5 + 37)

DEM – 33 (4 + 29)

PDT – 21 (2 + 19)

PTB – 19 (2 + 17)

No total, são 81 senadores e 513 deputados.

PSB x Governo

A relação conflituosa do PSB com o governo Temer não começou com a revelação da delação de Joesley Batista, dono da JBS.
Em dezembro do ano passado, o presidente do PSB gaúcho, o ex-deputado federal Beto Albuquerque, defendeu que a sigla deixasse a base aliada e entregasse todos os cargos no governo, incluindo o Ministério de Minas e Energia.

Em abril deste ano, a Executivo do PSB fechou questão contra as reformas da Previdência e trabalhista, duas das principais propostas do Planalto.

Na sessão plenária que aprovou o projeto que altera leis trabalhistas na Câmara, no entanto, 14 dos 30 deputados do PSB que estavam presentes votaram a favor da reforma –e continuaram na sigla.

 

 

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Trump retoma a ‘taxa das blusinhas’ e tira isenção de importações de baixo valor

Empreendedorismo: Dakila quer alavancar os negócios na antiga rodoviária de Campo Grande

Corpal chega a Campo Grande com estrutura completa de atendimento ao cliente

Polícia conclui inquérito e pai e filho são indiciados por morte de fazendeiro em MS

Notícias mais lidas agora

Dois dos três produtos mais exportados por MS aos EUA escapam do tarifaço de Trump

‘Corremos atrás do sim e conseguimos parcialmente’, diz Nelsinho Trad após Trump liberar celulose e ferro de MS

flexpark ação

Campo Grande contesta perícia de indenização ao Flexpark e alega que valor é R$ 1,8 milhão menor

João Igor: Quem é o cantor gospel que foi baleado pela PM em São Paulo

Últimas Notícias

Emprego e Concurso

LISTA: Semed divulga resultado do concurso para remanejamento de professores

O remanejamento abrange o 2° semestre letivo de 2025

Política

‘Prefiro acreditar no bom senso’, diz Geraldo Rezende sobre sansão da Lei Magnitsky contra Moraes

A tensão entre Donald Trump e Alexandre de Moraes aumentou ainda mais, deixando o ministro com novas restrições

Cotidiano

Santa Casa registra falta de soro e alega graves dificuldades financeiras

Hospital diz que está substituindo determinados medicamentos e insumos

Brasil

Governo Federal proíbe testes de cosméticos em animais no Brasil

Novos cosméticos não poderão ter sido testados em ratos de laboratório