Situação será analisada antes, mas detenção não é descartada

Se o ex-governador André Puccinelli, do PMDB, não conseguir juntar até segunda-feira que vem (22) R$ 1 milhão, soma da fiança aplicada contra ele a Justiça Federal não deve prendê-lo automaticamente, informou a própria corte. Ele é suspeito, segundo a Polícia Federal, de agir num esquema de fraude em licitações, lavagem de dinheiro, organização criminosa, entre outros crimes praticados supostamente em seu segundo mandado, de 2011 a 2014.

“Caso o ex-governador não pague a fiança no prazo estipulado (05 dias corridos, que expiram na segunda-feira, 22), a informação será encartada nos autos e os mesmos serão encaminhados ao juiz para análise (se decreta ou não a prisão preventiva). Ou seja, a falta de pagamento não gera a prisão automática de André Puccinelli, haverá necessidade de decisão decretando sua prisão, com a expedição de mandado para tal fim”, informou comunicada da 3ª Vara.

A PF pediu a prisão de Puccinelli, mas a solicitação foi negada, na quinta-feira passada (11), na operação da PF, a quarta fase da Lama Asfáltica.

Porém, foram aplicadas as medidas cautelares diversas de prisão, entre as quais o pagamento de fiança, sob pena de ser revista a decisão que indeferiu o pedido de prisão. A Justiça determinou, também, que o ex-governador use, por tempo indeterminado, a tornozeleira eletrônica.

Renê Siufi, advogado de Puccinelli, disse que o dinheiro da fiança não poderia ser arrecadado pela família do ex-governador porque todo seu patrimônio está bloqueado por força judicial.