Siufi também se candidatou
O deputado estadual Paulo Correa (PR) foi escolhido como presidente da CPI da Propina nesta terça-feira (20) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul mesmo após o deputado Paulo Siufi (PMDB) também se candidatar e perder. Correa prometeu que os termos de acordo de regime especial de incentivos fiscais serão analisados em até 30 dias.
Flávio Kayatt (PSDB) é o relator e Eduardo Rocha (PMDB) o vice-presidente. Rocha pontuou que votou em Correa por ser um acordo de liderança do bloco não indicar nem presidente e nem relator. Siufi admitiu que se candidatou por decisão pessoal, além de usar a prerrogativa de parlamentar como justificativa.
Pedro Kemp (PT) disse ter votado em Correa e pediu, assim como Siufi, celeridade aos trabalhos. A CPI, que tem previsão de duração de 120 dias, prorrogáveis por mais 60, se originou de quatro pedidos de impeachment contra o governador Reinaldo Azambuja após a quebra de sigilo sobre a delação premiada dos irmãos Wesley e Joesley Batista, donos da JBS.
“Não vamos tratar somente de incentivos dados à JBS, mas de incentivos de Mato Grosso do Sul”, disse Rocha, destacando que Mato Grosso do Sul tem, segundo o parlamentar, “a melhor lei de incentivos fiscais do Brasil”. “Se não fossem os incentivos, não haveria geração de empregos”, defendeu o deputado membro da Comissão.
O período de investigação será desde Zeca do PT, passando por André Puccinelli (PMDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB), já que os cinco termos de acordo a serem analisados são dos últimos três governadores, além de notas apontadas como frias emitidas por empresários do Estado.
As reuniões da CPI acontecem às quartas-feiras, 15h30 e terá auxílio de um auditor do Tribunal de Contas Estadual, além de técnicos da Sefaz-MS (Secretaria Estadual de Fazenda de Mato Grosso do Sul), diretoria financeira da Assembleia, do ex-deputado estadual e auditor da Receita Paulo Duarte, que é comissionado na Casa e de um advogado processualista a ser contratado.