Para Celso Amorim, declarações de militares são “muito graves”
O ex-ministro da Defesa, Celso Amorim, que comandou a pasta durante os governos dos ex-presidentes Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT), foi consultado por senadores sobre possíveis “insubordinações” no comando das Forças Armadas.
Os senadores, na maioria ligados a partidos de esquerda, se reuniram a protas fechadas com o ex-ministro nesta quarta-feira (4). Amorim já afirmou em entrevista anteriormente que considera “muito grave” as declarações de comandantes pró-intervenção militares.
Dessa vez, o ex-ministro da Defesa minimizou os fatos, e após longa análise, disse que há forte rotatividade em postos de alto comando nas Forças Armadas, o que frearia tentativas de possíveis intervenções ou insubordinações militares.
Em entrevista dada na última semana ao Brasil de Fato, Amorim havia afirmado que militares não devem dar opiniões públicas sobre política. Para ele, há má interpretação do que diz a Constituição Federal.
Amorim afirma que as Forças Armadas “destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. Para ele, a saída da crise não seria uma intervenção, mas sim novas eleições.