Para ele, envolvidos atrapalham o partido

Na visão do deputado federal Carlos Marun (PMDB), seu partido não será bem sucedido nas eleições de 2018, caso implicados na Operação Lava Jato continuem à frente do comando nacional da sigla. “Não tem a menor chance de ter sucesso”, acredita.

Na semana passada o peemedebista encabeçou, juntamente com outros deputados, a elaboração de um documento pedindo que membros da Executiva Nacional da legenda, que estejam envolvidos na Operação Lava Jato, deixem o comando do partido.

Marun não soube dizer quando o documento será apresentado, pois de acordo com ele, ainda é preciso buscar apoio. “A questão ainda está em discussão, não sei quando e nem se ainda vamos apresentar o documento, antes disso, vamos buscar apoio de um número maior de parlamentares e lideranças”, revela.

O deputado chegou a fazer uma análise, comparando a situação dos envolvidos na Operação à renúncia do ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB). Para ele, deixar o comando do partido daria espaço para que os implicados se dediquem à suas defesas, caso contrário, podem atrapalhar o PMDB.

“Antes da renúncia do Cunha eu disse para ele parar de atrapalhar a Câmara e ir se defender, agora digo o mesmo, parem de atrapalhar o partido e cuidem da defesa de vcs”, afirma.

O movimento encabeçado por Carlos Marun pode culminar com o afastamento de Romero Jucá (PMDB-RR) da presidência nacional da sigla. Além de Jucá, que inclusive deixou o Ministério do Planejamento depois de ser flagrado em áudio sugerindo um pacto para deter os avanços da Lava Jato, o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Moreira Franco (PMDB-SP), e até o atual presidente do Senado, Eunício de Oliveira (PMDB-CE), tesoureiro nacional do PMDB, deveriam deixar os cargos na legenda.