Ex-presidente teria recebido R$ 800 mil de caixa 2 da Odebrecht

O procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, pediu a redistribuição de mais seis inquéritos baseados na delação da empreiteira Odebrecht, abertos pelo ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), alegando não haver conexão com a Operação Lava-Jato.

As investigações têm, entre os alvos, o senador e ex-presidente Fernando Collor (PTC), e os senadores Fernando Bezerra Coelho (PSB) e Cássio Cunha Lima (PSDB). 

O inquérito que investiga Fernando Collor apura se o ex-presidente teria recebido dinheiro não declarado da Odebrecht em sua campanha para o cargo de senador, em 2010. Se for condenado, o alagoense pode responder pelos crimes de corrupção passiva, ativa e lavagem de dinheiro.

Nos inquéritos contra Cássio Cunha Lima e Fernando Bezerra Coelho, a PGR pede a prorrogação do prazo para as investigações, alegando que ainda faltam diligências, como a coleta de testemunho de alguns delatores e dos próprios senadores. Os três inquéritos são sobre caixa 2.PGR pede que investigação contra Collor seja redistribuída no STF

Juntos, os três investigados teriam recebido R$ 1,8 milhão da Odebrecht, entre os anos de 2010 e 2014: R$ 800 mil teriam sido repassados a Fernando Collor em 2010, mais R$ 800 mil para Cunha Lima em 2014, e outros R$ 200 mil para Fernando Bezerra em 2010.

Caso o pedido da PGR seja aceito, já serão 30 inquéritos iniciados no STF a partir de depoimentos dos executivos da Odebrecht que acabam sendo redistribuídos, por falta de relação com a Operação Lava-Jato.