Doleiro acusou assessor de operar propina para Henrique Alves
A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira (26) o assessor do Ministério do Turismo Norton Masera, no âmbito da Operação Lavat. Ele é acusado de ser operador de propinas para o ex-ministro do Turismo, Henrique Alves (PMDB).
As acusações partiram do doleiro Lúcio Funaro. Alves foi preso em junho deste ano, acusado de integrar uma organização criminosa de lavagem de dinheiro, em uma operação que deu origem à Lavat, a Operação Manus.
A prisão de Masera ocorreu após os policiais federais terem feito buscas e apreensões no prédio do Ministério do Turismo. Também foram feitas buscas na Inter TV, de propriedade do ex-ministro, e de um outro assessor de Alves.
Segundo o depoimento de Funaro, o assessor era um dos operadores de Alves, que retirava propina diretamente no escritório do doleiro para entregar ao ex-ministro. As delações de Funaro foram feitas em agosto, após a prisão de Alves.
Uma reportagem da revista Isto É mostra que, apesar de Masera ganhar apenas R$ 5,4 mil por mês no cargo de assessor no Ministério do Turismo, o funcionário teria uma vida de luxo em Brasília.
A Operação Manus investigou Alves por suspeita de estar envolvido em um esquema de fraudes em licitações em diversos municípios do Rio Grande do Norte, para obter contratos e propina para a campanha do ex-ministro ao governo do Estado, em 2014.
Segundo as suspeitas da Polícia Federal, R$ 5,5 milhões foram desviados de contratos para as campanhas do ex-ministro. Na nova operação, a PF acredita que o esquema permaneça em execução.
