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Política

Perícia da PF em áudios de dono da JBS reforça acusações contra Temer

Perícia identificou diálogos sobre Loures e Cunha
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Perícia identificou diálogos sobre Loures e Cunha

O laudo produzido pela perícia da Polícia Federal sobre as gravações das conversas com o presidente (PMDB) entregues à Justiça pelo empresário Joesley Batista sustentam as manifestações da PGR (Procuradoria-Geral da República) de que Temer teria dado “aval” para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB).

Em um momento em que Joesley falava sobre seu relacionamento com Cunha, a perícia concluiu que o empresário teria dito que mantinha contato com o ex-deputado “todo mês”, diferente da versão apresentada pela perícia contratada por Temer.

O perito contratado pelos advogados de Temer, Ricardo Molina, afirmou que no trecho em questão Joesley teria dito “tô no meio” e não “todo mês”. Em resposta a afirmação do empresário, o presidente pergunta: “O Eduardo também, né?”.

A versão da Polícia Federal reforça a tese de que, no encontro, o dono da JBS e Temer conversaram sobre pagamentos mensais para a compra do silêncio de Eduardo Cunha.

Outro trecho que antes era considerado inaudível pelos peritos agora parece inteligível para a Polícia Federal, trata-se de um ponto em que Joesley questiona Temer se o ex-assessor Rodrigo Rocha Loures (PMDB) poderia ser o novo interlocutor da JBS com o governo.Perícia da PF em áudios de dono da JBS reforça acusações contra Temer

A questão é levantada já que o então interlocutor, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) havia acabado de cair, no início de março. Em resposta à Joesley, Temer teria dito que “Pode passar por meio dele [Loures], viu?”, segundo a Polícia Federal.

Loures foi flagrado recebendo R$ 500 mil em dinheiro em uma mala de um ex-operador da JBS, Ricardo Saud, em uma pizzaria em . A PGR acredita que esse pagamento é resultante do acordo entre Temer e Joesley de que o ex-assessor do presidente seria o novo “interlocutor” da JBS junto ao Planalto.

A perícia concluiu ainda que “não foram encontrados elementos indicativos de que a gravação tenha sido adulterada por meio da inserção ou supressão intencional de trechos de falas ocorridas em outro momento ou em ambiente diverso”, negando a versão da perícia contratada pelo presidente, que apontou mais de 50 cortes em todo o áudio.

(com supervisão de Evelin Cáceres)

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