As duas ações investigam desvio de verba do

Assim como já argumentou em outra ação que bloqueou seus bens, o ex-prefeito de Nelsinho Trad (PTB), alegou que necessita movimentar suas contas bancárias para pagamento de contas e provimento do “sustento de sua família”, em processo que indisponibilizou R$ 7 milhões dele e outras 17 pessoas e duas empresas.

As duas ações são oriundas de investigação de suposto esquema para desvio de dinheiro do tapa-buracos em sua gestão. O primeiro bloqueio ocorreu em março do ano passado e o segundo em dezembro.

Na manifestação, a defesa de Nelsinho diz que ficou acordada a liberação eventual de verbas de caráter alimentar e depósitos na caderneta de poupança no montante de 40 salários mínimos “e que, para tanto, bastaria requerimento e demonstração da parte interessada para liberação do bloqueio, o que ora se requer”.

“Deste modo, com base no artigo supracitado, assim como, pelo próprio dispositivo constante na decisão, requer com urgência o desbloqueio das contas bancárias informadas pelo Requerente”, solicita.

O bloqueio dos R$ 7 milhões é de forma coletiva entre os envolvidos, contudo, no último dia 12, o MPE-MS (Ministério Público Estadual) alega ser necessário haver indisponibilidade de bens no valor de R$ 91,8 milhões de cada um deles.

Caso – Conforme o inquérito que deu origem ao processo, o MPE-MS apurou irregularidades na execução do serviço de tapa-buracos nas vias de Campo Grande, inclusive com conserto de buracos inexistentes, denotando-se a má-prestação de serviço público por parte das empresas contratadas a fim de realizar o recapeamento.

O órgão apontou que foram firmados cerca de 30 contratos entre os anos de 2010 e 2012 e estes custaram aos cofres públicos municipais mais de R$ 372 milhões.