Pedido de cassação foi arquivado na última sexta-feira (23)

O senador (PSC) não gostou da decisão do presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto de Souza (PMDB-MA), de arquivar o pedido de cassação de (PSDB-MG), definição feita na noite da última sexta-feira (23).

“O presidente (João Alberto) cometeu um ato monocrático e autoritário, de cima para baixo, porque ele sequer consultou os demais membros do Conselho de Ética sobre sua decisão de arquivar o pedido do STF (Supremo Tribunal Federal)”, disparou Chaves.Pedro Chaves quer reverter decisão que beneficiou Aécio no Conselho de Ética

Vice-presidente do Conselho, o parlamentar por Mato Grosso do Sul revelou que é necessário que um terço dos 15 membros do grupo assinem o pedido para reabertura do processo contra Aécio. Ele será um a subscrever o requerimento que será feito pelo colega Randolfe Rodrigues (REDE-AP).

“Vamos trabalhar no sentido de reunir as 5 assinaturas dos demais membros do Conselho de Ética necessárias a abrir a investigação. As suspeitas que pairam sobre o senador Aécio Neves, que, inclusive, embasaram decisão do Supremo Tribunal Federal no sentido de afastá-lo do mandato, são extremamente graves”, alegou o senador.

O senador mineiro, e ex-presidente nacional do PSDB, um dos principais políticos denunciados no âmbito da Operação Lava Jato, foi afastado de suas funções parlamentares pelo Supremo, após ter sido flagrado pedindo e recebendo, por meio de assessores, dinheiro do dono da JBS, o empresário Joesley Batista.

Segundo Pedro Chaves, a reabertura do processo arquivado é oportunidade para que o Conselho de Ética examine o processo com as denúncias contra o ex-presidenciável tucano. “Não se trata de condenar previamente o senador Aécio, que terá todo o direito de defesa. O que proponho, e a sociedade brasileira exige, é uma investigação criteriosa da denúncia”, finalizou, que afirmou que até a próxima quarta-feira (28) o Conselho já tenha uma definição sobre a reabertura do processo.