Projeto está no papel há sete anos
O comércio da área central enfrenta uma forte crise, foram 200 lojas fechadas em um ano, e uma das críticas de lojistas e empresários é a demora em revitalizar o ponto, que tem um projeto que promete transformar a região emperrado há sete anos, o Reviva Centro. Mas para o prefeito Marquinhos Trad, o setor vai precisar de “mais incentivos para conseguir se reestabelecer”, declarou neste domingo, 12, em agenda pública.
De acordo com o prefeito, a administração municipal pretende implantar isenções fiscais para os comércios e incentivar a geração de empregos. “Só a revitalização não vai ser suficiente, queremos fazer parceria para incentivar”, comentou. Entre as sugestões está a redução ou isenção por tempo determinado para empresas que contratarem jovens do Instituto Mirim e trabalhadores acima dos 45 anos.
Nesta semana, levantamento realizado pela ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) apontou que há duzentos pontos inativos somente no quadrilátero central. Para comerciantes, a situação é efeito da crise, mas também o resultado do atraso da execução do projeto Reviva Centro, que custará US$ 56 milhões, e prazo de amortização de 25 anos, com período de graça de cinco anos e meio.
Nova Tentativa
O projeto Reviva Centro, que promete transformar a área central de Campo Grande, ainda não tem data para sair do papel, embora seu empréstimo pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) já esteja viabilizado. Para tentar dar andamento ao processo, Marquinhos Trad revelou que irá à Brasília na próxima quarta-feira, 15, e garantir que o dinheiro chegue ao caixa da prefeitura. Segundo ele, o objetivo é a marcar uma data de assinatura do contrato.
A Rua 14 de Julho, entre as avenidas Fernando Corrêa da Costa e Mato Grosso, vai ser o principal investimento do plano. Nesses 1,4 Km serão gastos US$ 36 milhões. O projeto também vai abranger a Rua Pedro Celestino e as avenidas Fernando Corrêa da Costa. Ernesto Geisel e Mato Grosso. Todo o espaço dentro destas áreas irão receber modificações. Uma das mudanças mais esperadas é a implantação das redes elétricas e de telefonia que passarão a ser subterrâneas.