“Sua influência política em Curitiba é certamente menor”, justifica Moro

O juiz federal , responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, negou nesta segunda-feira (20) o pedido do ex-presidente da Câmara e deputado cassado para ser transferido para Brasília ou para o Rio de Janeiro. Para o magistrado, o ex-deputado poderia usar sua influência política conseguir vantagens indevidas.

“Não é conveniente a transferência definitiva do condenado para Brasília ou para o Rio de Janeiro, considerando o modus operandi da prática de crimes pelo condenado, com utilização de sua influência política para obtenção de vantagem indevida mediante corrupção”, diz o despacho do juiz Federal, conforme o site G1 do Paraná.

Para evitar influência política, Moro nega transferência de Cunha para Brasília ou RJ

Com isso, Cunha deve continuar preso no Complexo Médico-Penal (CMP) em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde está preso desde outubro de 2016, condenado nas investigações da .

Essa é a segunda vez que Moro não permite a transferência do ex-presidente da Câmara. Em agosto deste ano, a defesa do deputado cassado pediu a transferência por quatro motivos: para a “redução de custos com o traslado do preso”; porque os escritórios dos advogados dele ficam em Brasília; porque a ex-esposa dele mora em Brasília; e porque, antes de ser preso, ele morava no Rio de Janeiro.

“Sua influência política em Curitiba é certamente menor do que em Brasília ou no Rio de Janeiro. Mantê-lo distante de seus antigos parceiros criminosos prevenirá ou dificultará a prática de novos crimes e, dessa forma, contribuirá para a apropriada execução da pena e ressocialização progressiva do condenado”, acrescenta Moro.

Em março deste ano, Moro condenou Cunha a 15 anos e quatro meses de prisão, pelos crimes de corrupção passiva, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

(Foto: José Cruz/Agência Brasil)