Delação mostra Temer dando aval a compra de “silêncio” de Cunha

O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Claudio Lamachia, está em Brasília nesta quinta-feira (18) para protocolar um pedido de quebra de sigilo das gravações feitos pelo dono da JBS, Joesley Batista.

O pedido será protocolado no STF (Supremo Tribunal Federal), que recebeu o conteúdo das delações, contendo as gravações, ainda nesta quarta-feira (17) por meio do ministro relator da Lava-Jato, Edson Fachin.

Os áudios permanecem até o momento sob sigilo. Lamachia deve se encontrar diretamente com Fachin. “Se as gravações forem confirmadas, o presidente Michel Temer perde as condições de seguir à frente do Palácio do Planalto”, afirmou o presidente da OAB.

Nas gravações entregues por Joesley Batista, foi gravada uma conversa com o presidente Michel Temer (PMDB) ocorrida em 7 de março. OAB pede quebra de sigilo de conversa de dono da JBS com Temer

Nela, o dono da JBS afirmava que estava enviando dinheiro para comprar o silêndio de Eduardo Cunha (PMDB), ao que o presidente responde: “Tem que manter isso, viu?”.

A OAB do Paraná também pediu, em nota oficial, a “imediata renúnica” de Temer, e reforçou o pedido de que as gravações de Joesley Batista sejam liberadas para a imprensa.

(com supervisão de Evelin Cáceres)