Recibos tinham datas erradas e erros ortográficos
A equipe da Operação Lava-Jato afirmou serem “sem margem à dúvida” falsos os recibos apresentados pelos advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para supostamente comprovar o aluguel de um apartamento em São Bernardo do Campos.
O apartamento é atribuído como uma forma de pagamento de propina a Lula feito pela Odebrecht. O recibo está em nome do engenheiro Glaucos da Costamarques, apontado como custeador da compra do apartamento.
A Lava-Jato acusou Lula de não ter pago aluguéis pelo apartamento, entre fevereiro de 2011 e novembro de 2015. Como contraprova, o ex-presidente apresentou recibos de pagamento de aluguel do apê em São Bernardo. Para os procuradores, os documentos são “ideologicamente falsos”.
“Sem margem à dúvida que os recibos juntados pela defesa de Luiz Inácio Lula da Silva são ideologicamente falsos, visto que é simulada a relação locatícia representada pelo engendrado contrato de locação”, afirmou a PGR (Procuradoria-Geral da República).
Os recibos se tratam de um extrato de contrato entre a ex-primeira dama Marisa Letícia com Glaucos da Costamarques, dono do apartamento. Logo após serem apresentados, no último dia 25 de setembro, a PGR determinou perícia sobre os documentos.
Segundo a perícia constatou, dois dos recibos apresentados pela defesa do ex-presidente apresentam datas que não existem no calendário cristão, como “31 de novembro” e “31 de junho”. Ambos os meses tem apenas 30 dias. Além disso, os documentos apresentam erros de ortografia
