Movimentos do ‘Fora Dilma’ descartam protestos e vão aguardar apurações
Grupos optaram por cautela
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Grupos optaram por cautela
Grupos que encabeçaram o movimento ‘Fora Dilma’ em Mato Grosso do Sul dizem que é cedo para ir às ruas protestar contra supostos indícios de corrupção apontados em delação premiada pelo sono do grupo JSB Joesley Batista, que envolvem entre outras autoridades, o presidente Michel Temer (PMDB) e os ex-governadores Zeca do PT, André Puccinelli (PMDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB).
Sirlei Ratier do movimento Pátria Livre afirmou que por enquanto o grupo não programou nenhum ato em reação às denúncias que abrangem a esfera nacional e estadual com suposto envolvimento dos últimos três governadores do Estado . Segundo ela, por ora o foco é prestar apoio à Operação Lava Jato e combater tudo o que atrapalhe as investigações.
Questionada se os fatos expostos na delação da JBS não configuram amarras à Lava Jato, a representante do Pátria Livre disse que não é possível reagir diante de hipóteses.“Não vamos pôr mais lenha nessa fogueira, as coisas estão mal explicadas, e vamos aguardar o desenrolar dos fatos”, explicou.
Os movimentos Fora Corruptos e Nas Ruas também optaram pela “cautela”. Conforme Fabrícia Salles, que integra também o Reaja Brasil, os grupos optaram por não agir de maneira reativa sem antes entender de maneira clara o que está acontecendo. Para ela, indícios apontados por peritos que evidenciam adulterações nos áudios apresentados por Joesley Batista em delação premiada, são base para esperar “Não podemos ser irresponsáveis e jogar o Brasil em um fosso maior do que já está”, relatou.
Sobre os apontamentos que supostamente implicam os ex-governadores Zeca do PT, André Puccinelli (PMDB) e o atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB), Fabrícia fala em uma “herança” que começou no governo petista e atingiu as demais administrações. “Mas em 2018 vamos limpar isso aí, votando em quem nunca esteve no poder”, disse.
Na quinta-feira (18), quando conteúdo da delação premiada do diretor da JBS foi divulgado pela imprensa, movimento Chega de Impostos organizou manifestações para às 16 horas deste domingo (21). Contudo, após circulação de supostas edições nos áudios apresentados, embora mantido, o ato terá tom mais cauteloso.
“De quinta-feira pra cá vários grupos chegaram a conclusão de que as denúncias embora gravíssimas, apresentavam falhas, de qualquer maneira mantivemos o protesto”, explica o vereador Vinicius Siqueira (DEM), que apoia o ato programado para domingo.
O ato do Chega de Impostos acontece neste domingo (21), a partir das 16 horas. A concentração será no obelisco, na Avenida Afonso Pena.
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