Aliados querem adiar convenção do partido

Marcada para o final da manhã desta quinta-feira (16), a reunião da cúpula do PMDB em deve acontecer sem a presença do ex-governador André Puccinelli (PMDB), é que prevê o presidente da sigla e da Assembleia Legislativa, deputado Junior Mochi.

“Ele (André) não quer criar constrangimento aos membros da Executiva, mas cabe a ele essa decisão e não a mim”, afirmou Mochi, durante a sessão de hoje no legislativo estadual.Mochi diz que Puccinelli não deve ir à reunião da cúpula do PMDB

O líder da bancada na Casa, deputado Eduardo Rocha, sugere que a convenção do partido seja prorrogada ‘em 15 ou até 30 dias', mas que a decisão final deverá ser tomada ‘em conjunto'.

A prisão do ex-governador na última terça-feira (14), no âmbito da Operação Papiros de lama, 5ª fase da Lama Asfáltica, pode alterar os planos da legenda, que ainda aposta em Puccinelli como principal candidato em 2018.

Para Mochi, a prisão de André foi um ‘excesso', como teria reconhecido o próprio TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), ao reconhecer e acatar o habeas corpus que garantiu a liberdade ao político e ao filho, o advogado André Puccinelli Júnior, que deixaram a penitenciária no fim da tarde de ontem, quarta-feira (15).

Apesar de frisar que não cabe a ele avaliar se houve ‘retaliação política' na prisão de André, Mochi questionou o tempo decorrido entre a decisão que autorizou a ação e a deflagração da Papiros de Lama, segundo ele datada do último dia 31 de outubro. ““É estranho esse lapso temporal, mas não cabe a mim fazer esse questionamento”, limitou-se a dizer.

O presidente regional do PMDB ainda destacou que é preciso provar os supostos crimes que teriam sido cometidos por Puccinelli e delatados pelos irmãos Joesley e Wesley Batista e pelo pecuarista Ivanildo Miranda. Mochi disse que é preciso ‘cuidado' com a condenação antecipada de pessoas públicas alvos de prisões e/ou conduções coercitivas.