Peemedebistas divergem sobre reforma da previdência

O deputado federal Carlos Marun (PDMB) entrou em rota de colisão com o ex-presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que o acusou de ser porta-voz do deputado cassado Eduardo Cunha. O sul-mato-grossense rebateu o alagoano de mentir por não se conformar com o impeachment de Dilma Rousseff (PT).

No começo da semana, Calheiros afirmou, durante agenda pública em Maceió (AL), que Cunha exerce influência no governo de Michel Temer (PMDB), citando Marun como principal articulador do deputado cassado.

“O Renan na verdade quer pressionar o governo, por espaços. Essa é mais uma de suas mentiras”, disparou o deputado por Mato Grosso do Sul, que emendou que desde 30 de dezembro do ano passado não manteve nenhum contato com Eduardo Cunha.

Segundo Marun, o ex-presidente do Senado estaria temeroso com o movimento encapado pelo deputado de MS que pede a saída do comando do PMDB de todos os implicados na Operação Lava Jato, o que inclui ministros de Temer e os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo, e Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente do Senado, ambos aliados de Renan.

“O que está me preocupando é ação do Renan, não festival de mentiras que ele está empreendendo, no sentido de tentar recuperar sua combalida popularidade, em cima de ataques ao governo, que (agora) está discutindo reforma da previdência”, frisou Marun.

Alegando ter a maioria do partido do seu lado, o deputado revelou que o movimento que pede troca do comando nacional do PMDB será retomado no começo do segundo semestre, para não atrapalhar os planos do governo com a PEC da reforma da previdência.

“Quem quer disputar uma eleição tendo que carregar o cadáver insepulto do Renan? Nosso projeto é para que o PMDB tenha outra cara”, finalizou Carlos Marun.