Terceirizados lotaram plenário da Câmara de Vereadores

Dezenas de funcionários terceirizados da Prefeitura, contratados via Omep e , demitidos por decisão da Justiça, lotaram o plenário da Câmara da Capital nesta quarta-feira (4), e ouviram do prefeito Marquinhos Trad (PSD), que terão uma ‘notícia maravilhosa' até a próxima sexta-feira (6).

“O primeiro passo é saber o que vai acontecer nos próximos meses, se terão trabalho ou não, e depois verificar questão do pagamento (da rescisão contratual)”, explicou o prefeito ao grupo, prometendo uma resposta sobre as demissões até no máximo a próxima terça-feira (10).

Marquinhos, que foi ao local logo após se encontrar com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), disse que respeita a decisão judicial, de demitir cerca de 4 mil servidores terceirizados, mas defende que a medida seja feita gradativamente, e não ‘demissões em massa'. “Isso traz consequência para as famílias e para a Prefeitura”, frisou.

Alegando que até agora sequer assinaram as demissões, os funcionários da , reclamam da incerteza e falta de respostas sobre o pagamento dos salários de dezembro e do 13º, sem previsão de entrar na conta.

 “Minha situação é de total desespero. Estava contando com meu 13º para comprar as coisas para dentro de casa e pagar meu aluguel”, contou Maura Ribeiro, 43 anos, recreadora contratada pela Seleta há oito anos.

A cozinheira Cícera Gimezes, de 40 anos e que 9 anos trabalha no município também por contrato com a Seleta, conta que já ouviu que colegas estão passando fome, e classifica de ‘desrespeito' a situação. “Eu estou com luz e água para pagar e não sei o que vai acontecer”, revelou.

Grávida de 9 meses e há 2,6 anos recreadora em um Ceinf (Centro de Educação Infantil) da Capital, contratada pela Omep, Fernanda da Luz não sabe o que será do futuro. “Sei que não posso ser mandada embora, e preciso do dinheiro para comprar as coisas para meu filho”, desabafou.

Marquinhos disse que vai se reunir com a vice-prefeita e com a secretária de assistência social, ainda nesta quarta-feira, para elaborarem uma minuta em resposta ao TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) proposto pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual) para solucionar o imbróglio.

O prefeito ainda frisou que está à procura de onde a antiga gestão, de Alcides Bernal (PP), investiu o dinheiro da suplementação, segundo ele de R$ 36 milhões, que deveria ter sido utilizado para pagar as rescisões dos terceirizados da Omep e Seleta.

Participaram do encontro os vereadores Valdir Gomes (PP), Junior Longo (PSDB), Paulo Siufi (PMDB), André Salineiro (PSDB), Otávio Trad (PTB), Vínicius Siqueira (DEM), Carlão (PSB), Betinho (PRB), Wilian Maksoud (PMN), Veterinário Francisco (PSB), Dharleng de Oliveira (PP), Pappy (SD), Enfermeiro Fritz (PSD), Enfermeira Cida Amaral (PTN), Lucas de Lima (SD), Pastor Jeremias Flores (PTdoB), João Cesar Matogrosso (PSDB) e Ademir Santana (PDT).