Político de carreira meteórica, Artuzi renunciou o cargo de prefeito ainda na prisão.

Há quatro anos morria aos 50 anos de idade vítima de um câncer no intestino morria às 22h no Hospital Evangélico Ari Artuzi, o ex-prefeito de .

Envolvido num dos maiores escândalos da história política de Dourados e de Mato Grosso do Sul, Artuzi teve uma carreira meteórica.

Nascido em São Valentim (RS) chegou a Durados em 1992 para trabalhar como motorista de caminhão na empresa do tio Dioclécio Artuzi.

Depois de trabalhar como cabo eleitoral do tio em 1992 e 1996 que foi eleito vereador, Ari elege-se presidente da Associação de Moradores do jardim Canaã I. Com a morte de Dioclécio, Artuzi elegeu-se vereador em 2000.

Dois anos depois se elege deputado estadual pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN). Em 2006 já como fenômeno eleitoral foi reeleito deputado estadual pelo PMDB.

Em 2007 filia-se ao PDT, partido pelo qual é eleito prefeito em 2008 vencendo o então poderoso Partido dos Trabalhadores e contrariando todos os caciques da política local e estadual.

Em primeiro de setembro de 2010 Artuzi foi preso pela Polícia Federal dentro da Operação sob a acusasão de ter chefiado um esquema de fraude em licitações para desviar dinheiro da Prefeitura.

O autor da denúncia foi o então secretário de Governo da Prefeitura, jornalista Eleandro Passaia que dizia que Artuzi desviava cerca de R$ 500 mil mensais. Artuzi, sob pressão, renuncia ao cargo em dezembro depois de noventa dias preso.

HISTÓRICO DA CORRUPÇÃO

Em julho de 2009 durante a Operação Owari da Policia federal foram presas 42 pessoas entre assessores, o vice-prefeito, os secretários de Saúde, Governo, Obras e Desenvolvimento Urbano. Quatro meses depois Artuzi teve seu sigilo bancário quebrado como parte das investigações.

Investigações da Polícia Federal e do Departamento Nacional de Auditoria do SUS apontaram uma série de irregularidades na contratação de um Hospital pela prefeitura, durante a administração de Laerte Tetila ex-prefeito da cidade. Artuzi foi acusado pelo Ministério Público Estadual de improbidade administrativa por ter mantido o referido contrato ao assumir a prefeitura.

Já na madrugada de primeiro de setembro de 2010 junto com Artuzi, foram presos o vice-prefeito Carlinhos Cantor, o presidente da  Câmara Municipal Sidilei Alves, junto com mais oito dos 12 vereadores da cidade, quatro secretários municipais, o procurador do município, a primeira dama Maria Artuzi, empreiteiros, prestadores de serviço e servidores públicos.

 Apesar das gravações que mostram Artuzi recebendo dinheiro, a defesa do prefeito alega que não há provas do recebimento de propina. No dia 3 de setembro de 2010 o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, a pedido do Procurador Geral do Estado, Paulo Roberto de Oliveira, decreta intervenção em Dourados, nomeando o juiz Eduardo Machado Rocha como prefeito interino no município. A medida não está relacionada aos desfechos da Operação Uragano, mas sim ao não pagamento de um precatório de R$ 500 mil.