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Política

Fórum dos Servidores promete reação e questiona diálogo do governo

Entidade reúne-se com o secretário de governo na quarta
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Entidade reúne-se com o secretário de governo na quarta

O Fórum de Servidores estaduais de Mato Grosso do Sul reuniu as categorias na sede do Sindijus (Sindicato dos trabalhadores do poder judiciário de Mato Grosso do Sul) para discutir as reformas realizadas pelo governo do Estado, entre elas a administrativa, já enviada para a Assembleia, e a da previdência. O que a entidade alega, no entanto, é que as mudanças não estão sendo discutidas junto às categorias.

É que afirma o presidente do Sindijus e coordenador do Fórum, o oficial de justiça Fabiano Reis de Oliveira. Para ele, o governo não divulga ‘dados claros’ sobre os déficits alegados e não convida as categorias para discutir as mudanças. Uma preocupação para o servidores, conforme alegou, é a reforma da previdência estadual, que deve ser encaminhada para votação na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alms) em março.

É que também afirma Ricardo Bueno, presidente do Sintss (Sindicato dos trabalhadores em seguridade social em Mato Grosso do Sul).

“A reforma está aí, eles falam de passar a reforma até julho [da previdência], mas quando que vai efetivamente sentar com o trabalhador, sentar com o sindicato que representa o servidor pra colocar a real situação? Nós não sabemos a real situação. Nós não sabemos a situação real da dívida. Hoje fala-se muito que o governo coloca ‘tanto’ na previdência, mas até 2012 não existia a conta da previdência, existia a conta única, então o dinheiro tinha que sair do governo mesmo. E as pessoas que aposentaram antes disso? Tem que sair de algum lugar, infelizmente sai do governo, então, eles tem que colocar às claras, pra gente entender realmente. Estava sendo feito um inventário, pra saber qual era o patrimônio da previdência, cadê esse patrimônio? Já tem informação? Por que não senta com a gente pra discutir isso?”, alega.

O Fórum participa do fórum dialoga, junto ao Secretário de governo Eduardo Riedel, na quarta-feira (22), às 10h, na sede do Imasul (Instituo de meio ambiente do Mato Grosso do Sul). Os servidores também criticam o espaço de tratativas com o governo do estado, que chamam de “fórum informa”.

“A gente acredita que é uma reunião de informações, porque a reforma administrativa, que teoricamente discutíamos, já está sendo apresentada, então ela não foi discutida, fica bem claro. Então, agora é mostrar a nossa indignação. Fala que está dialogando, dialogando, e a gente só tem surpresas a cada dia. E a gente está preocupado, porque a gente nem ve essas reformas simplesmente como reformas, a gente vê como fim”, complementa Ricardo.

O que diz o governo

Em reunião junto com os deputados estaduais para tratar da reforma administrativa, Eduardo Riedel pediu “paciência” aos servidores, quanto à negociação do reajuste da categoria, cuja data-base é meio. O secretário afirmou que tudo vai depender das tratativas em relação ao ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o gas boliviano, que está em queda vertiginosa, de mais de 50%. Em janeiro o governo alega ter perdido R$ 45 milhões.

“Temos uma discussão muito forte em relação a um componente extremamente importante, que é o ICMS do gás”, pontuou Riedel, ao ser indagado sem, com as mudanças na estrutura de governo, será possível repor, ao menos, a inflação ao funcionalismo. “Vai depender muito de como essas negociaçoes ocorrerem, porque se o cenário em relação à arrecadação do ICMS do gás melhorar, você tem uma negociação com os servidores, senão, é outra negociação”, declarou Riedel.

Reforma – De acordo com o governo de Reinaldo Azambuja (PSDB), o todo, serão exonerado cerca de 1 mil funcionários em cargos de comissão e temporários, como professores convocados. O governo alega economia anual de aproximadamente R$ 34 milhões aos cofres públicos. Outra questão, de acordo com o governador, é uma nova revisão de contratos estaduais com prestadores de serviço. Para o governo, reavaliar os contratos pode gerar redução de R$ 100 milhões nos gastos da administração.

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